Hugo é de facto o excelente filme que tanto as criticas aclamam. Vencedor de 5 das 11 nomeações dos Oscars de 2012, este é um filme que merece os seus títulos e talvez um pouco mais. Scorsese está mesmo fora do seu habitual único que nos tem mostrado ao longo da carreira e quando vemos Hugo, não parece em nada um filme deste senhor, mas o que é certo é que consegue aqui criar uma obra de valor e com uma qualidade técnica de primor. A realização de Martin Scorsese é sem dúvida a chave de sucesso desta obra que nos enche com uma emoção e uma nostalgia imensa.
Neste filme é difícil apontar grandes falhas e apesar de algumas situações previsíveis e de uma extensão de filme que pode colocar algum aborrecimento no espectador, acabamos por ser brindados com vários momentos de recuperar o folgo para mais um pouco de filme. Apesar disto todo o conteúdo sonoro e de imagem deste filme são de uma técnica espantosa e mostram uma grande qualidade dando ao filme em geral a qualidade desejável para termos aqui uma grande obra.
Em relação às interpretações, estão todas elas agradáveis e de qualidade digna do filme. Temos desde o pequeno Asa Butterfield que me surpreendeu completamente pela positiva com uma representação muito boa e interessante para a sua idade e ainda pequena carreira. Temos também Chloë Moretz, onde a sua última interessante representação que vi foi em Kick Ass e que agora regressa em excelente forma e onde só se pode dar nota positiva. Ben Kingsley representa aqui um papel excelente e que combina em perfeição com o actor. A escolha deste actor para interpretar o grande senhor do cinema Georges Méliès é sem dúvida a mais acertada e é impressionante nostalgia que se tem ao ver esta representação. De não esquecer ainda Sacha Cohen, ou mais conhecido por Borat, a interpretar o inspector da estação de comboios onde Hugo se encontra. Os encontros entre o inspector e Hugo dão um toque de comédia ao filme com a trapalhice bem interpretada do inspector. Em suma as representações conseguem criar uma boa ligação com o espectador e dar vida a toda a história.
Martin Scorsese criou aqui uma obra de culto e de uma incrível marca nostálgica para todos nós, amantes de cinema. Uma aventura de bom porte e que agradará a todos os amantes do género. Ao mesmo tempo um filme familiar e bem adaptado a toda a gente. Peca pela sua longa duração, que não se mostra de todo necessária, mas que não afecta de forma grave o resultado final. Uma qualidade técnica impressionante que faz merecer ao filme os Oscars que venceu nas categorias técnicas. Tudo agrupado numa excelente obra de Scorsese que mostra aqui uma vertente diferente do que sempre nos habituou, mas com uma qualidade que mostra que este senhor se adapta muito bem a um estilo bem diferente do seu.
Escrito por: Crocpoint
Nascido em Coimbra, a residir bem perto e a estudar cá. Considero-me um geek, um devorador de filmes e adoro ler um bom Comic. Gosto de videojogos e adoro o mundo Nintendo. Tenho uma pequena coleção que vai desde a Mega Drive até à Wii U. Adepto quase fanático da Briosa e um assistente fervoroso no estádio.
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