Rei Artur: A Lenda da Espada

O novo filme de Guy Ritchie pega novamente numa história bem clássica e conhecida de todos e dá uma volta como só ele sabe fazer. Depois de Sherlock, agora é a vez de Rei Artur receber o tratamento deste realizador com a história tradicional a ganhar um ar moderno e cheio de efeitos especiais. Este é Rei Artur: A Lenda da Espada.


Vou ser muito sincero. No dia em que vi pela primeira vez o trailer deste filme fiquei muito com o pé atrás. Não me cativou e fiquei logo à partida muito reticente para a possível visualização deste filme, mas com a Festa do Cinema a chegar e com os principais filmes já todos vistos no cinema, acabou por ser esta a escolha mais votada para ver. E pelo menos sai surpreendido pela positiva.


Do realizador que era já eu sabia, mais ou menos, o que esperar. A não ser que ele tivesse uma mudança súbita no seu estilo, iria ver um estilo de Sherlock, mas numa história diferente. Foi isso mesmo que aconteceu. A sua marca de qualidade está lá toda e não é preciso conhecer o nome para se perceber que é o mesmo realizador das mais recentes entradas de Sherlock Holmes no cinema. Guy Ritchie tem uma forma muito única de criar as cenas mais marcantes dos seus filmes, com uso de câmara lenta e efeitos únicos, aliados a uma banda sonora forte sempre colocada nos momentos certos. Uma realização que eu adoro e me deixa cada vez mais fã deste realizador.

Como já referi a banda sonora é sempre colocada nos momentos certos e esta é, de facto, algo muito importante neste filme, criando o ambiente certo em cada cena com sons poderosos de nos deixar completamente entusiasmados pelo próximo e próximo momento. O ato final, com a última luta entre Artur e Vortigern, é memorável.

Falando ainda dessa luta, foi um momento fantástico e incrivelmente bem construido. Os efeitos especiais que não se querem em tempo algum do filme ultra realistas, mostram um aspeto digno de qualquer videojogo e por isso para qualquer amante dessa arte será um momento fantástico. Assim que a luta se inicia eu só pensava que "esta luta está-me a dar uma vontade incrível para ir jogar Darksiders ou God of War" e a cada momento que a luta se intensificava eu ainda mais pensava nisso.

As interpretações são, no geral, paralelas à qualidade apresentada pelo filme. E na forma como Ritchie conta a história, todas elas se encaixam perfeitamente e fazem o seu papel da melhor forma. Jude Law dá um valente vilão e Charlie Hunnam não lhe fica atrás. Bom trabalho.

Um filme que me surpreendeu bastante pela positiva e talvez por isso tenha tanta coisa boa a dizer sobre ele. Não é um filme perfeito, mas consegue contar de forma muito interessante uma história já conhecida por todos. E a forma como conta essa história, com toda a certeza, não irá aborrecer ninguém. Um filme ao estilo de Guy Ritchie que me conseguiu deixar colado durante duas horinhas. Recomendo, talvez vos venha a surpreender.

4.5
Rei Artur: A Lenda da Espada
Insuficiente
Crocpoint
Escrito por:

Nascido em Coimbra, a residir bem perto e a estudar cá. Considero-me um geek, um devorador de filmes e adoro ler um bom Comic. Gosto de videojogos e adoro o mundo Nintendo. Tenho uma pequena coleção que vai desde a Mega Drive até à Wii U. Adepto quase fanático da Briosa e um assistente fervoroso no estádio.

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