Comparando a história deste livro com os outros anteriores que li de Nora Roberts, este abrange um fantástico romance policial cheio de suspense, mitos, lendas, segredos, rituais satânicos, paixão e de reencontros.
A intriga centra-se na jovem Clare que num dia, quando regressa a casa, encontra o seu pai morto no sótão, aparentemente um acidente. Para se afastar dos seus fantasmas do passado, ela muda-se para tentar esquecer o que viu. Mas passado 10 anos, Clare ainda não esqueceu nada do que presenteou e para pior a situação, tem várias vezes um sonho em que ela segue o pai e depara-se com algo muito estranho no meio do bosque. Homens com máscaras de animais em torno de uma mulher nua e alguns instrumentos bastante assustadores. Clare Kimball é uma pessoa muito ambiciosa e, de certo modo, corajosa, tornando-se uma famosa escultora. De certo modo o seu trabalho e as suas esculturas são uma maneira de ela desanuviar todos os seus pesadelos e traumas do passado, uma espécie de tratamento.
Ela decide que está na altura de voltar à sua terra natal e volta para Emmitsboro no Maryland. Quando chega encontra-se com Cameron Rafferty, agora xerife de Emmistsboro, mas que fora apaixonado por ela nos tempos de liceus. Os jovens acabam-se por envolver, mas algo macabro está prestes acontecer naquela vila pacata. A pequena localidade fica abalada com os recentes homicídios e desaparecimentos, algo que nunca tinha acontecido naquela zona, e tudo indica que seja uma Ceita de Satanismo. Durante todo o livro temos contacto com a tal Ceita, mostrando os rituais e todos os processos horrorosos que eles executam, tais como violações, violência e homicídios.
Envolve uma grande variedade de mistérios que só são revelados na última página, já que não temos qualquer pista quem são as pessoas que constituem a Ceita. A capacidade de descrição envolvida continua incrível, o narrador consegue levar o leitor para todos os cenários que são apresentados e ainda consegue fazer com que o leitor se envolva com as personagens de tal forma que é quase possível sentirmos o que estas sentem. Este processo acontece de tal forma que sentimo-nos indignado, enojados e chocados por treze homens matarem uma pessoa e nem um deles sentir remorsos do que fez, pelo contrário, sentirem prazer em tal ato. A autora quer passar, de tal forma, uma visão da crua realidade em que vivemos, do modo como os homens podem ser cínicos e frios, sendo capazes de tudo por prazer.
Adorei o final meio inacabado do livro! É totalmente surpreendente e não estava nada à espera que acabasse de tal forma. Mais um livro surpreende que me agarrou da primeira até à última página!
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