A mais recente entrada na saga Insidious já chegou aos cinemas nacionais com o subtítulo A Última Chave e posso dizer já à partida que o filme se perdeu completamente daquilo que mantinha esta saga com algum interesse. Sempre considerei esta saga algo razoável e aceitável no cinema de terror. Apesar de não ser a melhor dos últimos anos conseguia contar a sua história, o seu universo, sem que se perdesse muito nas ideias, mas algo não correu tão bem desta vez.
Mas começando pelo início, o filme até se apresenta bem. Começa a contar uma história diferente e interessante, ganhando algum impacto, mas perdendo sempre para algumas piadas sem grande interesse. A partir de um certo momento do filme começaram a inserir alguns elementos à história e até aqui tudo muito certo, ficando para grande problema a não explicação desses novos elementos. Acaba por haver uma enorme parte do filme que não é explicada de forma alguma, deixando tudo num vazio maior que o local para onde os personagens deste filme tantas vezes viajam. Dão destaque a pormenores que ao final das contas não vão interessar para rigorosamente nada e acabamos por ficar com uma história confusa e que perde o interesse a cada segundo que passa, ficando como único destaque para esta história a ligação feita com o primeiro filme da saga.
As interpretações são um pouco mais daquilo que já conhecemos dos filmes anteriores. Nada de extraordinário, encaixando no seu papel, sem brilhar muito, criando alguns momentos pouco interessantes. Apesar disso tenho de destacar a ligação ao personagem que Lin Shaye consegue desenvolver desde o primeiro filme. Apesar dos já 74 anos, continua a mostrar bastante carácter e uma força incrível para encarnar a personagem de Elise. Sem dúvida um positivo no meio de tudo isto.
Insidious: A Última Chave é o quarto capítulo da saga e ficou longe de conseguir superar os restantes filmes, tendo mesmo a capacidade de piorar a qualidade do universo. O fraco guião não ajudou o realizador Adam Robitel a conseguir concretizar um trabalho sequer aceitável. É incrível como Leigh Whannell, guionista da saga, consegue apresentar um trabalho destes tendo em conta o seu historial. Não é um bom filme e não conseguimos realmente aconselhar uma ida ao cinema. Para os fãs da saga, podem esperar mais um capítulo na história de Elise, com demasiados problemas no enredo e que só podemos dizer: aguardem para uma visualização em casa.
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