Adão e Eva no Paraíso seguido de O Senhor Diabo e outros contos é uma edição dos contos de Eça de Queiroz como nunca viu: diferente e única. Inclui todos os 13 contos que o escritor deixou completos e publicou em vida, em diversos jornais e revistas, reunidos num livro de 256 páginas. Nos contos publicados, inclui-se O Senhor Diabo, publicado por Eça na Gazeta de Portugal, em 1867, mas que não tem sido incluído nas antologias de contos disponíveis, com excepção da edição crítica da Imprensa Nacional e dasProsas Bárbaras. Ou seja, esta edição da Guerra e Paz oferece aos leitores essa significativa novidade, a apresentação de um Diabo com nostalgia do Céu.
Como sempre, e como é de tradição nos Clássicos da Guerra e Paz, esta edição inclui elementos complementares que valorizam a obra: nota introdutória do editor, texto sobre Eça-contista-jornalista/folhetinista com dados sobre as publicações originais, texto de Raul Brandão sobre Eça e as ilustrações dos contos que saíram na Revista Moderna, em 1897. O novo título da colecção de Clássicos de Guerra e Paz chega às livrarias a 6 de Fevereiro.
Com uma prosa soberba, sedutora, emotiva e irónica, tão característica de Eça, os 13 contos deste livro prometem satisfazer o gosto de cada um dos leitores, pois aqui se encontram os temas predilectos do escritor: a impossibilidade de realização do amor, o adultério, o divino, a crítica à cultura burguesa, até o fantástico. É, lê-se na nota editorial introdutória, um «livro amorosamente trabalhado».
ADÃO E EVA NO PARAÍSO, SEGUIDO DE O SENHOR DIABO E OUTROS CONTOS
Eça de Queiroz
15x23
256 páginas
Ficção/Literatura Portuguesa
14,90 €
Nas livrarias a 6 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores
15x23
256 páginas
Ficção/Literatura Portuguesa
14,90 €
Nas livrarias a 6 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores
SINOPSE
Adão e Eva no Paraíso, seguido de O Senhor Diabo e outros contos inclui todos os contos que Eça deixou
completos e publicou em vida.
Jorge Luis Borges dizia que o conto «serve para expressar um tipo especial de emoção, de signo muito
parecido com a poética, mas não sendo apropriado para ser exposto poeticamente, representando uma
narrativa próxima da novela, mas diferente dela na técnica e na intenção», e Eça parece antecipar todas
as características do conto moderno. Como diria António José Saraiva, para Eça «o conto é geralmente
uma tese e uma fantasia; ou melhor, uma tese revestida de fantasia – melhor ainda uma fantasia
armada sobre uma tese». Há a promessa de satisfazer o gosto de cada um dos leitores, pois aqui se
encontram os temas predilectos de Eça: a impossibilidade de realização do amor, o adultério, o divino, a
crítica à cultura burguesa, até o fantástico. Eça explora e tira o máximo partido deste género literário,
dando assim asas a uma maior criatividade da sua escrita.
SOBRE O AUTOR
Eça de Queiroz. Nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim. Por não ser reconhecido pela
mãe, viveu até aos 4 anos em Vila do Conde, com a madrinha. Em 1849, os pais casaram-se e Eça
mudou-se para casa dos avós paternos, em Aveiro. Só aos 10 anos regressou ao Porto e se juntou aos
pais. Concluídos os estudos liceais no Colégio da Lapa, ruma a Coimbra em 1861 para cursar Direito. É aí
que conhece Antero de Quental e Teófilo Braga. Já formado, vai de malas e bagagens para Lisboa em
1866, e é na capital que se dedica à advocacia, mas também ao jornalismo, dirigindo o Distrito de Évora
e publicando folhetins na Gazeta de Portugal, que seriam reunidos anos mais tarde em Prosas Bárbaras.
Depois de viajar pela Palestina, Síria e pelo Egipto e assistir à inauguração do Canal do Suez, em 1869 –
viagem que desaguaria, mais tarde, em títulos como O Egipto e A Relíquia – envolve-se nas Conferências
do Casino e começa a espalhar As Farpas, em 1871, um ano depois de ter publicado O Mistério da
Estrada de Sintra, no Diário de Notícias, ambos a quatro mãos, com Ramalho Ortigão.
Ingressa depois na carreira diplomática, e é em Leiria, como administrador do concelho, que escreve O
Crime do Padre Amaro. Entre 1873 e 1875, exerce o cargo de cônsul em Havana, Cuba, e é depois
transferido para Inglaterra. Durante os dois anos que se seguem, envia textos de Bristol e Newcastle
para a imprensa nacional e brasileira, inicia a escrita de O Primo Basílio e faz os primeiros esboços para
Os Maias e O Mandarim. Regressa à pátria com 40 anos e casa-se, em 1886, com Emília de Castro
Pamplona, onze anos mais jovem. Em 1888, é enviado para o consulado de Paris. Segue-se a publicação
d’Os Maias e, nos periódicos, de Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires.
Fundador da Revista de Portugal, de que é também director, visita frequentemente o país, aproveitando
as estadas para jantar com os Vencidos da Vida. É no Paris de Jacinto, de A Cidade e as Serras – título
que, como muitos da sua obra, só viria a ser publicado postumamente –, que vem a falecer a 16 de
Agosto de 1900, vítima de doença prolongada.
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