Começar esta jornada foi como um regresso a 2012 quando a versão original de PC me chegou a casa e lá embarquei numa aventura com o Demon Hunter. Aliás vai ainda mais longe, pois ainda tenho aqui por casa uma revista de videojogos nacional, com data de lançamento entre 2006/2008, onde se pode ver na capa Diablo 3 e onde este se encontrava prestes a ser lançado. Foi uma longa produção cheia de peripécias e anúncios feitos demasiado antecipadamente, mas ao final acabámos com um grande jogo. O seguinte passo por parte da Blizzard foi alcançar as consolas e nada melhor que o seu novo e mais recente jogo para o fazer. Diablo 3 chega assim às consolas em 2013, com uma versão para a PlayStation 3 e para a Xbox 360 e em 2014 com o lançamento das novas consolas e também da expansão do jogo celebrou-se o lançamento desta expansão para a PlayStation 3 e Xbox 360, enquanto a PlayStation 4 e Xbox One receberam uma versão definitiva já contando com o jogo e a expansão. A segunda e mais pequena expansão chegou em 2017 ao PC e consolas, quando ao mesmo tempo foi lançada a primeira versão de Eternal Collection para a PlayStation 4 e para a Xbox One. Agora, um ano e alguns meses depois é esta edição que chega ao universo Diablo pela primeira vez a uma plataforma Nintendo. A coleção conta com o jogo base, as expansões Reaper of Souls e Rise of the Necromancer, assim como uma série de extras exclusivos a esta plataforma, mas vós contamos os detalhes.
Acho que é escusado estar a referir tudo o que envolve este jogo já é mais que conhecido pelos fãs, mas vou tentar dar aqui só uma ideia para quem seja novo na série e principalmente vou espremer a versão Nintendo Switch, que é a mais recente e a que gentilmente nos foi cedida pela Ecoplay para podermos realizar este pequeno texto. Em Diablo 3 partimos numa aventura com um personagem escolhida por nós, onde cada um tem certas características mais importantes, com o objetivo de sermos o maior herói da história. Tudo acontece 20 anos após os acontecimentos da expansão de Diablo 2 e as classes de heróis disponíveis para esta versão são o Barbarian, o Crusader, o Demon Hunter, o Monk, o Necromancer, o Witch Doctor e o Wizard, onde alguns já são bem conhecidos e outros são semelhantes a antigas classes, por isso vai ser tudo muito familiar para os fãs. Para os novos jogadores, o site oficial do jogo disponibiliza um guia rápido onde podem ficar a conhecer tudo sobre este universo. Por experiência própria digo que o Demon Hunter foi a minha escolha quando peguei em Diablo pela primeira vez e foi bastante fácil de me adaptar ao estilo.
Este é um RPG de ação com uma história de fantasia muito negra, com bastante sangue considerado assim um jogo para maiores de 16 e com o tom a demarcar exatamente isso. Por isso para quem continua a achar que as consolas Nintendo não têm jogos adultos aqui fica mais um exemplo contrário a isso. Tal como seria de esperar para um jogo já com alguns anos a Blizzard tinha obrigação de oferecer uma experiência tão boa como em qualquer uma das restantes plataformas e realmente conseguiu concretizar esse feito. O grafismo está excelente, apresentando uma qualidade muito boa para os padrões da consola, surpreendendo especialmente em modo portátil onde tudo está excelente. Apesar do pequeno ecrã, os textos e os menus leêm-se perfeitamente e sem qualquer dificuldade, muito devido à reformulação que toda a interface levou. Esta mudança, apesar de não ser exclusiva da Switch, é algo que recebi com imenso agrado pois torna tudo mais simples de entender e de perceber. Uma maior simplificação dos menus de inventário tornam o desenvolvimento do personagem muito mais fácil e diferente, parecendo que nunca tinha jogado Diablo. Além dos menus e ainda referindo a interface, temos também tudo o que envolve o ecrã enquanto jogamos e nesta versão tudo está extremamente perceptível, quer em modo portátil, quer em modo TV.
Um dos modos exclusivos desta versão é o cooperativo local. Aqui podemos juntar a nossa consola a outras três ou até pegar em mais três comandos e fazer a aventura com os nossos amigos. A ideia funciona muito bem e oferece uma nova experiência ao jogo dando a oportunidade de chegar mais longe, principalmente nos modos de dificuldade mais exigentes. Este modo inclui a utilização de quatro Pro Controllers, a utilização de quatro pares de Joy-Con's e ainda a utilização de um Joy-Con singular, embora tenha menos teclas permite nos fazer tudo normalmente, apesar de para realizarmos algumas opções como a entrada em menus ser necessário realizar combinações de duas teclas, mas é possível jogar assim e não é de todo complicado. Além disto é sempre possível que os vários jogadores tenham na mão diferentes combinações no mesmo jogo. Jogar em modo cooperativo é diferente, contando que quando se experimenta pela primeira vez é um pouco estranho, principalmente para quem já conhece este jogo e está habituado a jogar sozinho, mas rapidamente apanhamos a melhor estratégia e como é um modo local, torna-se bem divertido andar a dizimar todos os monstros e demónios. Acreditem que numa fase mais avançada do jogo torna-se uma loucura sempre que entramos em combate com explosões e sangue a jorrar por tudo o que é canto do ecrã. Esta experiência em quatro consolas leva cada jogador a fazer a aventura à sua velocidade, apesar de aconselhar a não ficar muito para trás, senão acabam sem nada para matar. Por isso pode-se dizer que este modo é excelente em ambos os casos.
A Nintendo Switch recebe uma versão tão bem trabalhada que realmente valeu a pena a espera. Já lá vão seis anos desde que joguei Diablo III e foi um autêntico regresso nostálgico onde voltei a deliciar e viciar com toda a violência que este jogo tende a expor a todo o momento. A Blizzard fez questão de nos oferecer uma experiência idêntica a qualquer outra plataforma com uma performance fantástica, mesmo quando o ecrã está apinhado de ação e ao mesmo tempo não poupa num grafismo limpo e dentro do que seria de esperar. As funcionalidades exclusivas da Switch tornam este jogo único, quer pelos extras estéticos que permitem andar com um Cucco (galinhas do Legend of Zelda) como companheiro, seja andar com uma armadura que nos transforma no Ganondorf, quer pelos extras que permitem mudar completamente a experiência de jogo e que já especifiquei no texto acima. Sem dúvida que os fãs da consola híbrida não vão ficar desiludidos e finalmente podem levar o monstruoso Diablo para qualquer lugar e de repente fazer uma partida rápida no modo aventura com um amigo, dois ou até três. Por isso se nunca experimentaram este jogo, esta pode ser uma grande oportunidade e se tal como eu já não pegam em Diablo desde 2012, pode ser uma boa altura para regressar.
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