Hoje chega às livrarias o oitavo volume de elogio da sombra, a coleção de poesia coordenada por Valter Hugo Mãe. No rasto dos duendes eléctricos (Poesia 1978 – 2018) é o título desta antologia poética de Adolfo Luxúria Canibal, fundador e carismático vocalista da banda rock Mão Morta.
Não é possível a cultura portuguesa recente passar ao lado da poesia que aqui se reúne, escreve o coordenador da coleção no texto que acompanha esta obra. Entre amores abissais e políticas grotescas, alucinações de teor mais ou menos farmacêutico ou cidades cheias de passado, a poética de Adolfo Luxúria Canibal é a contemporaneidade completa, uma avidez, com seu modo próprio de se assumir e denunciar ao mesmo tempo. Sem culpa. Apenas força.
Os 40 anos de poesia e rastilho de contracultura reunidos em No rasto dos duendes eléctricos são ainda enquadrados num capítulo intitulado A inocência é ilegítima, que transcreve uma conversa entre Valter Hugo Mãe e Adolfo Luxúria Canibal.
As primeiras apresentações deste livro estão marcadas para o dia 21 de setembro, a partir das 21:00, na Livraria 100.ª Página, em Braga; e para Coimbra, no dia 5 de outubro, no foyer do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), às 17:00, e enquadrada no programa da Festa da Praça da República.
SOBRE O AUTOR
Adolfo Luxúria Canibal. Pseudónimo de Adolfo Morais de Macedo. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi advogado e é consultor jurídico.
Fundador do grupo rock Mão Morta, de que é vocalista e letrista, criou espectáculos de spoken word, em nome próprio ou como Estilhaços, e integrou o colectivo de música electrónica Mécanosphère, tendo mais de três dezenas de discos editados, e outros tantos como convidado de artistas nacionais e estrangeiros, na qualidade de vocalista ou letrista. Dinamizou espectáculos de comunidade, como os musicais Então Ficamos… ou Chão, e concebeu performances várias, com destaque para a neuro-áudio-visual Câmara Neuronal, realizada a partir dos sinais eléctricos emitidos pelo cérebro, ou a da instalação The Wall of Pleasure, inaugurada na Rooster Gallery em Nova Iorque. Participou como actor na série para televisão O Dragão de Fumo e em algumas curtas-metragens ou em peças de teatro como Eis o Homem!, da companhia Mundo Razoável. Concebeu ainda com João Onofre o filme de videoarte S/título (¿¿¿ ¿¿¿¿¿), para o festival Curtas de Vila do Conde, e com Inês Jacques, o espectáculo de dança No Fim Era o Frio, para o festival Guidance. Publicou, entre outros, os livros Rock & Roll, Estilhaços, Todas as Ruas do Mundo, Garatujos do Minho e o livro-objecto Desenho Diacrónico, com Fernando Lemos.
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