Fumo Azul centra-se na jovem Catarina Hale, Reena para os amigos, que viu a sua vida mudar drasticamente quando aos onze anos vê o negócio da sua família a ser consumido pelo fogo. Nesse momento, a jovem descobre que o seu lugar é a desvendar os segredos das chamas. Reena luta para ser uma inspectora de incêndios, dedica-se de alma e coração e consegue atingir o seu objetivo.
O fogo sempre teve presença na vida de Reena, desde a sua infância até à sua juventude, quando o seu primeiro namorado é consumido pelas chamas, num suposto acidente. Todos os acontecimentos, desde dos acidentes, as mortes, os pequenos incêndios é um presságio para o grande final e esse pressentimento ainda é assinalado pelo aumento da velocidade em que os desastres acontecem.
Para além de Reena, ao longo do livro acompanhamos um jovem, Bo Godnight, em que o leitor sabe que ele estudou na mesma universidade que a personagem principal e que teve uma visão dela numa festa de fraternidade e ficou deslumbrado, quase que se pode dizer que foi amor à primeira vista. Bo fica com essa ideia de uma "Rapariga de Sonho" e em vários anos em que tenta reencontra-lá, avista-a apenas duas vezes. Mas quando Bo quase que desisti de encontrar a sua rapariga, ela aparece-lhe à frente, literalmente, na casa ao lado. De todas as personagens masculinas que já li dos livros de Nora Roberts, sem dúvida que Bo foi aquele que me conquistou. A sua forma de ser, o seu humor, a sua persistência com Reena, que há primeira vista quase que parece um louco pois não pode acreditar que depois de tanto tempo o seu maior sonho está ali, à sua frente, em carne e osso. Há algum atrito na relação de Bo e Reena, porque enquanto o primeiro é um homem protetor, Reena é uma mulher independente e habituada ao perigo. Mas tudo muda quando Reena começa a receber chamadas com ameaças e estranhos acontecimentos começam acontecer, sempre relacionados com o fogo. Ao que parece alguém está obcecado pelas chamas e por Reena e não vai descansar enquanto não observar a jovem a ser consumida pelas chamas.
Quanto ao vilão, pela primeira vez, descobri logo no início quem era, porque apesar do mistério e do enigma à volta dessa personagem, as hipóteses não são muitas o que faz com que o leitor aposte numa personagem e essa seja realmente o vilão da história. A escrita continua a ser fluída e de uma leitura agradável, continuámos com várias perspectivas da história, desde Reena, Bo, comandante da polícia, o vilão, entre outros, o que permite ao leitor uma maior envolvência na história e aproximar-se mais das personagens. Achei hipnotizante as cenas em que envolvia o fogo porque a forma como as cenas são descritas e estruturadas faz com que o leitor também fique deslumbrado com aquele espectáculo protagonizado pelas chamas.
Adorei a capa, uma das melhores dos livros da Nora Roberts, bastante apelativa e dá a sensação de um livro com uma mulher forte e determinada e constatamos que é verdade porque Reena encaixa-se nesses adjectivos.
Um aspecto que me deliciou foi o facto da família da Reena ter um restaurante de comida italiana (a minha preferida), passei 416 páginas com vontade de comer uma pizza ou massa! Os fãs de Nora Roberts não se vão desiludir com este livro e quem ainda não conhece esta autora, aconselho a começarem por este porque vai encantar-vos!
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