Crónicas de um Jogador

Mafia III

Playstation 4

Mafia III


Promoções da Black Friday, como eu gosto delas. Para além dos artigos usados, onde podemos conseguir bons negócios com jogos, consolas, livros ou outro qualquer artigo de interesse, na Black Friday pode-se fazer um bom negócio. Foi o meu caso na compra da minha PlayStation 4. Quando na loja estavam a colocar todas as consolas de 500 Gigas em destaque com jogos da moda, (Fifa e outro que não me lembra), eu comprei a minha de 1 Terabyte, com jogos não tão populares, o Uncharted 4 e Máfia 3. Sou sincero que olhei de forma muito sobranceira para o Máfia 3, porém segui o meu instinto, fiquei com o jogo e completei-o, pois todos os jogos realizados têm mérito próprio!

A sua história foi o que mais me atraiu. Sejamos sinceros, cobrir uma herança tão pesada para os Estados Unidos, como é a Guerra do Vietname, e problemas como mafiosos, contrafacção, extorsão, assassinato e minorias não é fácil. Neste enredo tomamos o papel de Lincoln Clay, rapaz criado num orfanato sob condições difíceis, tornou-se combatente e, quando regressado à sua cidade (New Bordeaux), envolve-se em actividades criminosas. O que são actividades normais para emancipação da comunidade onde vive, torna-se em tragédia pessoal que o leva num caminho de vingança, de destruição e de terror, para todos aqueles que se puserem no seu caminho.

O jogo desenvolve-se na terceira pessoa (como a mão invisível que controla a personagem), onde tudo é permitido: roubar carros, agredir e assassinar criminosos, assaltar negócios, fazer alianças.
Neste jogo nada é tão importante como o controlo das alianças. As escolhas que fazemos e com quem nos envolvemos são fulcrais, pois é a partir delas que evoluímos o nosso justiceiro da forma que mais nos provém. São precisamente as minorias ostracizadas da cidade, que nos socorrem. Por um lado a minoria haitiana, segregada pela máfia reinante, procurando pelos mesmos meios combater a injustiça a que estão subjugadas. Por outro a máfia italiana, a perder a batalha de controlo do território. Por fim a máfia Irlandesa, arrastada para esta guerra devido à perda do filho do seu líder. O principal antagonista, Sal Marcano, chefe da poderosa família Marcano, que controla a cidade.

O desenvolvimento do jogo é muito bom, as cutscenes parecem um documentário, e à medida que tudo se desenvolve, encontramos surpresa na extensão da corrupção, o seu enraizamento em extractos que deveriam ser incólumes a tais práticas. Na luta do controlo dos distritos, os nossos aliados chateiam-se e discutem para nos tentar convencer a deixá-los tomar o poder. No entanto o divertimento começa e acaba nas missões principais e na história.

Para derrotarmos um líder é necessário fazer certas missões que, em todos os casos até ao final do jogo são extremamente repetitivas. Os maus da fita são um bocado burros o que facilita bastante as missões, mas os glitchs deste jogo... ai os glitchs...

Em missões, desde andar a conduzir um carro e ele desaparecer, e falhar a missão. Ir num barco e ver a água a passar dentro dele, saltar uma superfície e o meu braço ir até ao infinito. A mais famosa é numa missão principal, a qual não a conseguia passar porque era devido matar todos os mafiosos que me perseguiam, no entanto só metade apareciam. Foi preciso ir a fóruns de gamers e muita paciência para conseguir levar este jogo a bom termo.

Os collectibles deste jogo só provam uma coisa, meninas, namoradas e esposas estão interditas. Desde uma vasta colecção da revista PlayBoy, quadros de Joaquim Vargas, e a revista Hot Rod, demonstram uma certa tendência para o masculino neste jogo, talvez pela personagem principal.
Não fossem os glitchs e a repetição das missões secundárias este jogo seria excelente. Retrata muito bem uma época, os seus estilos e modas, e por isso, merece bem um serão à frente de uma televisão!
Armando Mateus
Escrito por:

Gamer dedicado, leitor apaixonado e escritor nos tempos livres. Fascinado por um todo produzido pela sociedade: a Cultura, o símbolo dos velhos e dos novos tempos!

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