Escrever sobre Pokémon Let’s Go Eeveee Let’s Go Pikachu é escrever sobre nostalgia. Podemos falar em remake, mas são as pequenas diferenças que se tornam tão grandes que me fazem dizer que é um jogo diferente.
Confesso que fiquei emocionado quando cheguei ao sítio da Nintendo, e vi uma voluntária simpática a explicar a um menino moreno de óculos como é que se jogava este histórico RPG. Com uma Pokébola na mão, ele mordia insistentemente o seu lábio inferior, e apoiando-se nos bicos dos seus pés, tentava apanhar uma Eevee que insistentemente teimava em escapar. Atrás dele tinha um “bruta montes” que por acaso era o meu colega responsável pela cultura japonesa, a roer-se todo por não estar a jogar.
Neste Demo encarnamos Ash (para mim são todos o Ash!) e estamos a conversar com o Professor Oak, em frente da Veridian Forest (onde é que eu já vi isto!). Ao fim de uma explicação partimos numa aventura de dez minutos, para entendermos como é que este título se joga. A principal novidade é o comando, no formato de uma Pokébola que vibra muitíssimo! O botão branco da Pokébola serve de Joystick e botão de acção, dado que o cimo da Pokébola é o segundo botão.
Num mundo totalmente em três dimensões, jogamos na terceira pessoa com o ambiente típico da Veridian Forest e do mundo Pokémon em geral. Os Pokémons encontram-se nas ervas altas como tradicionalmente acontece. O terreno de aventura tem um estilo labiríntico, e os treinadores que interagem connosco mantêm formatos gerais antes dos seus nomes, como a Lassie e o Kid! A nossa mochila mantém o panorama geral da série, não chocando os treinadores já habituais ou veteranos.
Tudo muda quando partimos para a aventura. Estamos no nosso mundo e os Pokémons vêm-se! Horas perdidas a rezar para que haja aquela mínima percentagem de saltar o Pokémon que mais queremos acabaram! Basta irmos ao encontro do bichinho que queremos capturar e o resto está no nosso pulso! O ambiente de captura é em tudo semelhante com o Pokémon Go para os telemóveis: o círculo que vai diminuindo gradualmente à medida que o tempo passa para apanhar o pequeno monstrinho, com a cor evoluindo de verde para vermelho mediante a dificuldade de captura; o facto de acertar dentro do círculo aumentar a chance de captura, sendo que acertar no seu tamanho mais pequeno faz com que a probabilidade aumente de apanhar o animalzinho; e a possibilidade de ele poder atacar a Pokébola e mexer-se para dificultar as nossas acções.
Em termos de combate contra treinadores é interessante apreciar a cutscene do começo. Foi extremamente nostálgico ver aquela introdução, agora com um ar muito mais moderno claro. As batalhas em três dimensões fizeram-me lembrar outro jogo da série, o Pokémon Colosseum, o que de novo fez-me voltar a miúdo! Os quatro ataques voltam a existir no formato clássico, e ver o Scratch, o Growl, a Tail Whip com o meu charmanderzinho a atacar é extremamente engraçado, apesar de ter ficado aguado por não ter visto o Ember.
A evolução no jogo é realizada através do treino dos nossos Pokémons. Como a simpática menina no stand explicou e demonstrou, pela captura dos Pocket Monsters e pelas batalhas recebemos experiência, que ao fim de certo ponto faz com que todos na nossa equipa subam de nível. Na linha de outros títulos desta grande Saga, fará com que ultrapassemos obstáculos e poderemos encontrar bichinhos mais raros e difíceis!
No final pude experimentar brincar com o amiguinho que estava no meu ombro, o Pikachu. Após uma série de batalhas bastante stressantes e uns metros nas pernas, dar festinhas ao meu amiguinho amarelo com bochechinhas vermelhinhas, satisfeito com os frutos (Berries) que lhe dava, foi um momento diferente antes do ecrã ficar branco e agradecer por ter experimentado o Jogo.
Um título digno de qualquer coleccionador, que finalmente chega a uma plataforma que pode ser utilizada em qualquer lado! Um novo título de uma série venerada por milhões de pessoas, alcançando os seus mais fiéis e veteranos treinadores, como os seus aventureiros mais novos, exigentes e inexperientes.
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