João Figueiredo - O mentor


Após a conversa com Mr.NES, notei que nada faria sentido sem conversar com uma das pessoas que esteve por detrás desta ideia e deste evento, João Figueiredo. Confesso-vos a todos que poder entrevistar este senhor foi um desafio. Sempre em cima da organização, com todos os seus braços direitos que o compõem para o ajudar naquele Pavilhão, atarefado e ao telefone, e um Presidente da Câmara pelo meio que não facilitou... Nem vos conto a dificuldade que eu e ele tivemos em conseguirmos conversar com calma até ao fim! Com tempo, ele convidou-me para ir ao espaço Press, muito bem situado com vista sobre todo o Pavilhão. Dali observávamos tudo o que se passava no espaço, todas as secções, as pessoas, os Cosplayers e o movimento que existia, algo essencial para quem organiza!

Sentados, a entrevista começou com a pergunta de como é que tudo começou? A primeira frase disse tudo: "Tentar fazer algo com videojogos!" Na primeira edição conhece Gil Fragata com quem muito partilha e depois na segunda edição deste evento é que existe uma aposta com espaço dedicado ao RetroGaming! Com a excelente aceitação que existiu, alteraram o nome do evento e nesta terceira edição quiseram posicionar-se como o maior evento ao nível nacional de RetroGaming. Ele mesmo se retratou como uma vítima do fenómeno pois com a compra e venda de jogos, tornou-se também um coleccionador de plataformas.

Explicadas as minhas peripécias para chegar ao Festival, perguntei o porquê de um evento na Lourinhã, com Lisboa e Leiria tão perto. Foi-me respondido que vive na Lourinhã e ali já sabe com que público pode contar, mas no entanto se crescer muito terá mesmo de encontrar outras cidades, e a existirem hipóteses desse género seria Caldas da Rainha ou Torres Vedras.

Um evento desta envergadura deve ter as suas dificuldades como as de organização, lá eu rebati. Como é tratar de toda esta logística desta Convenção? -"Não foi fácil reunir tanta gente na Lourinhã. A malta gozava na primeira edição deste evento". Confessou. Existiu uma dificuldade muito grande com Lisboa tão perto, teve de se ter um grande jogo de cintura para se conseguir conversar com as pessoas, e convencer os outros, e a humildade de ceder algumas vezes. Aqui teve de contar com muito apoio Público, com os Licenciamentos, Consumíveis e o Espaço.

João Figueiredo como Coleccionador? Muito recente, somente há três anos atrás é que começou, apesar de já contar com 38 a 40 consolas diferentes. Não tem jogos marcantes pois cada consola tem as suas gemas, mas inclina-se para RPGs. Enumera alguns dos jogos que sempre gostou de jogar, como Sonic, Super Mário, a série do Mortal Kombat para a Mega Drive, Golden Axe para a Arcada.

Considera o Gran Turismo 2 para a PlayStation 1 "odioso", nunca conseguiu completar a cem por cento o jogo, tendo ficado nos frustrantes noventa e nove por cento. Também jogou durante algum tempo para PC, tendo sido um Traviano, mas com a mudança de servidores deixou este título.

E fazer disto profissão? Era capaz de arriscar mas a decisão nunca cairia sobre si. Uma decisão desta envergadura cairia sobre ele como sobre todos os membros da equipa que compõe: Eva na área de Cosplay; Jesus na área de jogos em LAN; Gil Fragata na área de Retro; e Tiago Careta em Boardgames.

Acabei esta minha entrevista a perguntar o que é que o João achava mais importante dizer-me naquele momento. Foi-me dito que o Oeste prova que o Retro não está morto, está mais vivo que nunca! Mais ainda: - "Enquanto houver vida no Retro, há vida no Oeste!"

Senhoras e Senhores, João Figueiredo!
Armando Mateus
Escrito por:

Gamer dedicado, leitor apaixonado e escritor nos tempos livres. Fascinado por um todo produzido pela sociedade: a Cultura, o símbolo dos velhos e dos novos tempos!

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