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De tempo a tempo lá se combina uma ida ao cinema para ver algum filme de terror e uma saga que tem marcado estas sessões é o The Conjuring. Houve poucos que não vimos no cinema e um deles foi mesmo o segundo capítulo da trama principal, devido à brilhante distribuição nacional que apenas levou o filme a um punhado de salas e nenhuma na nossa cidade. Como em vários filmes deste género, só tomei conhecimento dele há umas semanas atrás e geralmente é a Cristiana que me apresenta o próximo grande lançamento neste mundo dos sustos. Não é por isso de estranhar o meu espanto quando percebi que este filme estava também inserido no universo do Conjuring. Apesar da forma subtil com que se interligam este novo spinoff tem tudo o que esta franquia tem apresentado. Temos momentos muito bem apresentados e com uma montagem que pode surpreender os mais distraídos, mas temos também a previsibilidade do costume. Como nos restantes spinoffs voltamos a ter um primeiro capítulo que fica muito longe da qualidade de outros filmes da saga, mas já lá vamos.
A história é muito própria e é baseada num conto folclore bastante real. Acredito que para muitos, que sejam mais supersticiosos e principalmente conheçam este conto, será incrivelmente desesperante ver este filme, pois ele adapta de forma certeira esta história que geralmente é contada aos mais novos. Tal como é retratado no filme, esta é aquela típica história que metem na cabeça dos miúdos para eles se portarem bem: “se não te portas bem eu vou dizer à Llorona para te levar”. Uma espécie de bicho papão da cultura mexicana. Aqui tudo é envolvido num ambiente familiar como a maioria dos títulos deste género, onde somos apresentados a uma mãe e os seus dois filhos que acabaram de perder o pai, polícia. Esta parte parece não ter sido muito explorada e apenas serve para explicar alguns pormenores que vão surgindo. Há vários pontos na história que podiam ter recebido alguma informação extra ao espectador, deixando principalmente algumas explicações, que podiam ser importantes, completamente de lado. Apesar de tudo o realizador conta bem a sua história e mesmo este sendo o seu primeiro grande trabalho a aposta de James Wan em Michael Chaves parece ter resultado e não vai tardar para vermos novamente o seu trabalho, pois já está destinado para o terceiro capítulo do filme The Conjuring.
Numa pequena nota tenho mesmo de perguntar quem percebeu a ligação entre o que a filha está a ver na televisão e a atriz que faz de sua mãe. Alguém? Scooby Doo? Um pormenor muito interessante e que ficou mesmo bem. Já que me refiro ao elenco, dizer que no geral temos prestações no mínimo interessantes. Marisol Ramirez parece ser perfeita para o papel da Llorona e por muito estranho que isto pareça, visto que geralmente a entidade/maldição raramente tem grande visibilidade, aqui o destaque que recebe significa que há uma importância em ter alguém que melhor se encaixe na personagem e aqui funcionou. Os miúdos estão muito bem e apesar de por vezes irritarem com algumas ideias estúpidas, acaba por ser culpa do guião e não da prestação das pequenas estrelas. Talvez o papel mais interessante acaba por ser de Raymond Cruz, que desenrola o curandeiro Rafael Olvera e nos proporciona os melhores momentos em todos os aspectos. Não esquecendo também Linda Cardellini que desde Scooby Doo tanto cresceu e continua a mostrar capacidade para nos apresenta papéis secundários e também alguns principais de tempos a tempos. Aqui está bem o suficiente para o filme que estamos perante.
A Maldição da Mulher que Chora é um filme de terror que não assusta muito e se compõe por um punhado de jump scares que acabam por ser demasiado previsíveis. Esse é um dos maiores problemas do filme, não surpreendendo a quem está habituado a este género de filmes. Dentro do universo em que se insere digo que se coloca um pouco acima do The Nun e do primeiro Annabelle, ficando atrás de todos os restantes. Não é um mau filme, mas também não vos vai surpreender ou criar grandes momentos de terror. Tem certas ideias que parecem funcionar melhor que outras e a realização conta a história da forma como deveria, apesar do guião não auxiliar muito. Estamos perante mais um título mediano do Conjuring, mas temos já certezas de continuar a ver esta saga no cinema, com um terceiro capítulo a chegar no próximo ano e claro Annabelle 3 ainda este ano nos cinemas.
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