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Do que me deu mais prazer em toda esta Convenção foi o prazer de ter conversado com este senhor. Tudo começa com uma dica do Ed e do João Figueiredo, "Tens aqui o Mr. NES, tens de lhe fazer uma entrevista". Os que me conhecem sabem que sou todo SEGA, a consola que eu mais joguei em miúdo, e todo aquele mundo da Nintendo veio com as portáteis que a malta da altura jogava, o GameBoy. Lá o encontrei numa bancada, metade expositor e outra com jogos à venda. Três pessoas a compunham, três pessoas que mais tarde em conversa lá brincámos e apelidámos como o Mário, o Luigi e a Peach. Todos com a camisola a dizer Mr.NES fez-me pensar que era um grupo, mas afinal apoiavam a actividade do homem por detrás do apelido, Rui Valério.
Depressa apresentei-me, disse o que fazia e apresentei o projecto do nosso site, convidando-o a dar-me uma entrevista. A disponibilidade com que aceitou foi surpreendente, e depressa tive o maior coleccionador de NES em Portugal a conversar comigo, tão informal que foi surpreendente!
Saímos do Pavilhão, fomos até ao seu exterior, e no meio de um tempo chuvoso e desconfortável tudo aconteceu.
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Nem precisei de fazer a pergunta pois entusiasmou-se tanto como eu e foi natural: -"De 339 jogos Pal-B tenho 336!" Eu curioso tive de fazer a óbvia pergunta: "Quais são?" E lá me é imediatamente declarado: o Mr. Gimmick (Exclusivo Escandinávia); SnowBoard Challenge (Exclusivo Espanha); Stadium Events (Saiu em Espanha, França e Alemanha).
De forma conceptual tive de questionar o Mr. NES como projecto. Foi-me respondido que este surgiu simplesmente no ir comprando e coleccionando, um projecto que conta já com vinte belos anos, nada difícil de divulgar pois o retro sempre existiu, mas como me foi dito, a dificuldade da compra e venda para completar a colecção é a de que: "Uns querem as coisas dadas, e outros a ouro, como o Mário a duzentos euros." Sempre teve as coisas em casa, apesar de as nunca as divulgar.
Nesta altura, com um projecto sólido com idade madura e uma colecção invejável impôs-se a questão: O que é o Retrogaming para si? Não foi uma resposta directa, nunca as há, tenho mesmo de parafrasear:- "Eu gosto disto, eu penso muito nisto!" Conversar com amigos, conhecer pessoal e ir a eventos nos quais se enquadrava também este, mostrar a colecção, convívio e o conhecimento de jogos e pessoas novas, rematando no final: "Isto faz parte de mim"!
Em jeito de brincadeira, e a rir-me muito após o meu café cair pelo meio da mesa e sujar o caderno de entrevista todo, continuei com o interrogatório: Qual o jogo mais difícil? Resposta rápida, Metroid NES, acabou logo por ali.
Diferente foi qual o jogo favorito, onde a resposta foi que eram 336 até este momento, mas o que jogou mais desde pequeno chama-se... Zelda! Um jogo bom demais, com mística, e que não precisava de ser um bom jogo (que o é) para se gostar dele.
Este mundo é de tal maneira importante que quando me falou do seu filho, disse-me que fez sempre questão de demonstrar o conhecimento que tinha deste seu mundo, e o quão o mesmo era importante para ele. O menino sabe o que são as consolas e o valor que estas têm, apesar de jogar Fortnite, sabe o que é o Super Mário e como é bom este jogo!
Enquanto isto, foi-me explicado as pérolas da sua colecção, como o Miracle para a NES que estava em exposição no Oeste; Rob - o Robôt, a Super Glove, o U-Force (Jogos por movimentos); como a NES tinha sido pioneira com comandos sem fios, e como naquela altura já se pensava em inovações que actualmente ainda fazem sentido.
Por fim, lá foi rematada a pergunta do que no meio deste mundo Retro era o mais importante. Com sinceridade declarou que era conhecer pessoas com os mesmos gostos e ideias diferentes, viver o ambiente que se vivia há uns anos atrás, sem Internet nem telemóveis, a nostalgia!
Senhoras e Senhores, genuinamente Mr NES - Rui Valério, o meu muito obrigado!
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