São 50 anos de cartas. Cartas de amor, cartas de amizade, cartas de uma troca intelectual electrizante. Este livro reúne o carteio de Hannah Arendt e Martin Heidegger e é um extraordinário documento para a compreensão do século XX e que nos ensina também, «a amar ardentemente sem nisso sentir pecado», como disse Hannah Arendt.
Que estranha afinidade electiva poderá ter juntado uma estudante judia e um filósofo filiado no partido nazi? Toda a correspondência entre Hannah Arendt e Martin Heidegger reunida num único volume, Cartas 1925-1975, chega agora às livrarias pelas mãos da Guerra e Paz, com tradução do Alemão de Marco Casanova e adaptação para o português de Portugal de Helder Guégués. Este é o diálogo entre duas das mais importantes vozes filosóficas do século XX.
Hannah Arendt conheceu Martin Heidegger na Universidade de Marburgo, na Alemanha. Ela era estudante, ele era professor. Ela tinha 19 anos. O professor tinha 36 e era casado. Apesar dos 17 anos de diferença, tiveram uma relação amorosa, central na vida de ambos. Heidegger afirmou que o romance deles foi o «mais excitante, mais orientado e mais rico» período da sua vida e que essa criatividade foi fecundadora do Ser e Tempo – a mais importante e seminal das suas obras.
Como é que se pode compreender que Hannah Arendt e Martin Heidegger – a judia alemã que denunciou o totalitarismo e o filósofo seduzido pelo nazismo – tenham sido amantes antes da Guerra e tenham voltado a ser amigos depois do Holocausto? A resposta está neste livro epistolar que termina no ano da morte da Hannah Arendt, nos Estados Unidos, apenas cinco meses antes de Martin Heidegger falecer, na Alemanha Ocidental.
CARTAS 1925-1975
15x23
408 páginas
27,00 €
Nas livrarias a 2 de Novembro
Guerra e Paz Editores
SINOPSE
As cartas do amor proibido de Arendt e Heidegger. Que estranha afinidade electiva poderá ter
juntado a estudante judia e o filósofo filiado no partido nazi?
Toda a correspondência entre Hannah Arendt e Martin Heidegger reunida num único volume.
Este é o diálogo entre duas das mais importantes vozes filosóficas do século XX.
Arendt conheceu Heidegger na Universidade de Marburgo. Ela era estudante, ele era professor.
Ela tinha 19 anos. O professor tinha 36 e era casado. Tiveram uma relação amorosa, central na
vida de ambos. Heidegger afirmou que o romance deles foi o «mais excitante, mais orientado e
mais rico» período da sua vida e que essa criatividade foi fecundadora do Ser e Tempo – a mais
importante e seminal das suas obras.
Como é que se pode compreender que Hannah Arendt e Martin Heidegger – a judia alemã que
denunciou o totalitarismo e o filósofo seduzido pelo nazismo – tenham sido amantes antes da
Guerra e tenham voltado a ser amigos depois do Holocausto?
SOBRE OS AUTORES
Hannah Arendt. Nasceu a 14 de Outubro de 1906, em Hanôver, na Prússia Oriental. Oriunda de uma
família judaica, perdeu o pai muito cedo, tendo a mãe voltado a casar.
Estudou Filosofia e Teologia na Universidade de Marburgo, onde conheceu Martin Heidegger, seu
professor, de quem se tornou amante. Em 1926, mudou-se para Heidelberga, onde terminou os estudos
com Karl Jaspers. Doutorou-se em 1929, ano em que casou com o jornalista Günther Stern, com quem foi
viver para Frankfurt. Com a chegada de Hitler ao poder, partiram para Paris. Divorciou-se em 1937, e três
anos depois, casou com o filósofo Heinrich Blücher. Em 1941, foram para os Estados Unidos da América,
fugindo das tropas alemãs, que, entretanto, invadiram a França. Em 1951, publicou As Origens do Totalitarismo
e, sete anos depois, A Condição Humana, duas das suas mais importantes obras. Tornou-se
uma importante filósofa política. Foi a primeira mulher a desempenhar as funções de professora
catedrática na Universidade de Chicago, foi membro da Academia das Artes e Ciências Norte-americana e
da Academia Alemã das Línguas, Poesia e Ficção. Faleceu em Dezembro de 1975, em Nova Iorque.
Martin Heidegger. Nasceu a 26 de Setembro de 1889, em Messkirch, Baden. Filósofo alemão, é
considerado um dos mais influentes do século XX. O seu pensamento contribuiu para campos tão diversos
como o existencialismo, a teoria política, a psicologia, a hermenêutica, a teologia e a fenomenologia.
Filho de um sacristão católico, apesar das origens humildes, conseguiu uma bolsa de estudos. Na
Universidade de Friburgo, estudou com Heinrich Rickert e Edmund Husserl. Doutorou-se em Filosofia em
1913.
Ao estudar textos de autores clássicos protestantes, entrou numa crise espiritual, tendo abandonado o
catolicismo. Em 1917, casou com a luterana Elfride Petri, com quem teve dois filhos
Tornou-se professor associado de Filosofia da Universidade de Marburgo em 1923, onde veio a ter como
aluna Hannah Arendt, 17 anos mais nova, com quem teve uma relação.
O principal interesse de Heidegger foi a ontologia ou o estudo do ser. Em 1927, publicou a obra-prima Ser e
Tempo, um tratado fundamental que lhe trouxe o reconhecimento académico e mundial. No ano seguinte,
passou a dar aulas de Filosofia na Universidade de Friburgo, de que foi reitor entre 1933 e 1934. Escreveu
diversas obras de cariz filosófico, artigos e ensaios. Faleceu em Maio de 1976, na Alemanha Ocidental.
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