O Mistério da Casa do Relógio


Quando soube da existência deste filme, e diga-se já que foi há relativamente pouco tempo, fiquei algo entusiasmado para ver, principalmente pelo estilo que apresentava. É o típico filme que gosto bastante, mesmo quando a sua qualidade não é nada de exuberante. Mas quando alguém adapta um livro ou cria uma película cinematográfica que emana aspirações a Tim Burton, lá me faz dar um saltinho ao cinema. Calma, este filme não tem nada a ver com o que Burton faz nos seus filmes, apenas falo na questão de serem o típico filme que consigo imaginar o famoso realizador a fazer. Mas aqui temos o também conhecido Eli Roth, já famoso por interpretar vários papéis, mas também por realizar vários trabalhos de renome como Hostel, A Cabana do Medo ou mesmo um segmento do grandioso Sacanas Sem Lei. Já o elenco é composto por três nomes bem pomposos, Jack Black, Cate Blanchett e Kyle MacLachlan, já o miúdo que dá vida ao papel principal é Owen Vaccaro, conhecido pelos filmes Pai Há Só Um!

E a história? Bem, neste filme podem contar com um ambiente carregado de feiticeiros, magias e um ambiente cómico a cada virar de esquina. O nosso protagonista, Lewis Barnavelt (Owen Vaccaro) vê-se sem os seus pais e é enviado para viver em casa do seu tio Jonathan (Jack Black), que tem como sua casa uma das mansões mais assustadoras - ou assim fazem parecer - das redondezas. Após a sua chegada começa a deparar-se com algumas situações caricatas, começando pela estranhamente carismática Florence (Cate Blanchett) e terminando com a própria casa. Depois é uma constante luta do bem contra ao mal, com a construção e desenvolvimento de Lewis no centro da ação, enquanto o mal volta a chegar aos limites de destruir a humanidade.


Uma história que não oferece assim tanta inovação e onde parece que todo aquele mistério dos relógios passa mais por um suporte a tudo o resto do que realmente um grande mistério. Porque sejamos sinceros, com ou sem relógios o filme iria funcionar da mesma forma. E apesar da história não ser muito inovadora, consegue apresentar-se de forma positiva, sem se perder e sem deixar de lado todos os pormenores que realmente interessavam. Com um desenvolvimento dos personagens dentro do esperado dando a conhecer o necessário para a conclusão do enredo.

Já os personagens... Acho que tenho mesmo de começar por Cate Blanchett que faz aqui um belo papel de suporte. Nunca ganha muito destaque, tal como é esperado num papel secundário, mas tem o suficiente para ir direcionando a história. Já Jack Black acho que não o faz tão bem. É um papel dentro do humor, como é típico deste ator, mas não se excede em demasia. Já Owen ficou bem atrás daquilo que se esperava. A criança que estrela este filme parece nunca convencer verdadeiramente, havendo mesmo momentos onde fica tudo demasiado forçado e irrealista. O vilão do filme tem pouco tempo de antena, pelo menos de forma direta, mas cumpre o seu papel da forma como deve ser, sendo o vilão. Um elenco bom, que treme por uma prestação não tão boa do protagonista, o qual nunca consegui ganhar grande empatia, mesmo com a sua trágica história.

Sinto quase uma dificuldade em criticar um filme com ambientes deste género, porque são realmente títulos que me agradam imenso. Gosto de ver e mesmo aqueles que são completamente direcionados para os mais novos me deixam entusiasmado para ver. Este é mesmo um caso desses. Um filme excelente para a família ver onde os mais novos podem ficar maravilhados e os mais velhos aproveitar um filme suficientemente bom. Está longe de ser uma ida obrigatória ao cinema, mas quando tiver uma oportunidade aproveitem esta experiência que concerteza não irá desiludir quem gosta deste tipo de filmes como eu. O Mistério da Casa do Relógio é mais uma fantasia adaptada de um livro juvenil que consegue ser suficiente para cativar e até quem sabe deixar os mais novos intrigados para uma leitura. Por isso se levaram os mais novos a ver, podem aproveitar para recomendar a versão literária.
Crocpoint
Escrito por:

Nascido em Coimbra, a residir bem perto e a estudar cá. Considero-me um geek, um devorador de filmes e adoro ler um bom Comic. Gosto de videojogos e adoro o mundo Nintendo. Tenho uma pequena coleção que vai desde a Mega Drive até à Wii U. Adepto quase fanático da Briosa e um assistente fervoroso no estádio.

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