Como quarto capítulo da saga Transformers temos novamente Michael Bay na realização, naquele que será provavelmente o seu último filme da saga e onde este consegue finalmente demonstrar algumas mudanças no seu trabalho. Apesar de encaixar exatamente nas ideias dos anteriores, aqui muda todo o elenco e parece que isso acaba por fazer toda a diferença. Ao invés do tradicional Sam, aliado de Optimus Prime naqueles velhinhos desenhos animados, aqui encontramos uma série de personagens novos, com novas caras e novas ideias. Se esta mudança fez ou não bem talvez seja a grande questão que aqui se coloca e por muito difícil que possa ser ainda aceitar um filme da saga, o quarto capítulo parece ter algumas coisas a dizer.
Mark Wahlberg é um dos novos membros da saga e as atenções viram-se para o seu personagem que oferece uma maior maturidade ao seu grupo. Ao invés de uma série de jovens que na maioria do seu tempo parecia que não sabiam bem o que fazer, agora temos um grupo minimamente coeso e que trabalha bem em conjunto. Como é óbvio, as meninas bonitas continuam a aparecer, apesar de aqui perder um pouco destaque. A filha de Cade Yeager (Wahlberg) oferece exatamente esse lado, interpretada pela atriz Nicola Peltz, que demonstra uma beleza um pouco mais natural, apesar do seu extremo aspeto de modelo em todas as cenas do filme. Um elenco que oferece mais que os filmes anteriores da saga e que apesar do desaparecimento repentino de Sam, tornou-se rapidamente uma grande ideia esta mudança.
Desta vez tentou-se que a história tivesse uma maior importância no meio de todo o universo, ou pelo menos diferente. A ideia que ficamos é que agora temos mais destaque no universo dos robôs, levando até ao exagero, colocando os humanos sempre que eram necessários e ai acontece uma das maiores e mais interessantes mudanças. Aqui não temos personagens a roubar lugar a Transformers em momentos que não faz sentido isso acontecer e isso torna tudo muito mais agradável. Apesar de ainda faltar muito para chegarem a um bom filme, já se demonstra que está a acontecer algum tipo de mudança.
Algo que dificilmente falha em filmes de Bay é a sua realização, demonstrando um enorme profissionalismo naquilo que faz, apesar de muitos problemas criativos, pode-se dizer que este senhor não costuma falhar na forma como nos apresenta os filmes. Apesar de nesta saga ter vindo a apresentar formatos diferentes, pela primeira vez senti que as batalhas eram realmente monstruosas e percetiveis. O ângulo usado por Michael Bay ao longo de várias cenas neste filme dá uma sensação muito dinâmica e diferente a todo o ambiente mostrando uma imagem única e uma apresentação das cenas que merecem ser vistas na maior das qualidades.
De tudo o que por aqui aconteceu, os Dinobots foram uma bela adição, apesar do exagero dos robôs, que começam a ter número para controlar o Planeta sem qualquer problema, criando assim algumas incoerências nos eventos. Apesar de tudo estes dinossauros robóticos foram uma adição interessante e foi bom ver que tiveram alguma atenção neste universo já bem estendido.
Transformers: Era da Extinção é um título que finalmente podemos considerar melhor que os seus antecessores. As suas ideias novas oferecem algo positivo à saga e assim se espera que se mantenha. A verdade é que grande parte continua mais do mesmo e Bay, por muito que tente, não consegue fugir às suas ideias e temáticas. Ao contrário do anterior, aqui senti que não me aborreceu ao longo da duração do filme. Para quem gosta desta saga, com toda a certeza irá ficar bem agradado e para quem gostar deste género de filmes irá com certeza ter um belo serão.
Sem comentários:
Enviar um comentário