Days Gone - Antevisão


O Café Mais Geek teve o prazer de poder aceitar o convite da PlayStation Portugal para a apresentação oficial do novo grande exclusivo da PlayStation 4, Days Gone. Este jogo, que nos leva por um caminho de sobrevivência, sai já durante o mês de abril e a Sony lança todos os seus cartuchos na promoção deste novo videojogo. A sua produção está a cargo da Bend Studio, companhia da Sony Interactive Entertainment, que ficou conhecida pelo desenvolvimento da saga de jogos Syphon Filter e mais recentemente todo o seu trabalho centrou-se em spinoffs de sagas famosas da PlayStation, como Resistance: Retribution para a PlayStation Portable e Uncharted: Golden Abyss e o jogo de cartas Uncharted: Fight for Fortune. Desta vez, cabe a esta equipa o desenvolvimento de um IP completamente novo. Anunciado durante a E3 de 2016, Days Gone arrancou com a sua produção no ano de 2015 e está agendado para ser lançado no próximo dia 26 de abril. Ao longo de 2018, o jogo foi promovido com várias demos nos eventos mais famosos por esse planeta fora, mas também Portugal teve oportunidade de o experimentar durante a Lisboa Games Week.

Neste jogo, controlamos Deacon St. John, antigo fora da lei, que precisou de mudar completamente o seu estilo de vida devido a um surto viral, que matou meio mundo e transformou a outra metade numa espécie de mortos-vivos, denominados Freakers. Por um mundo aberto, o jogador tem de completar vários desafios e destruir o máximo de Freakers que conseguir, de forma a sobreviver. Com o auxilio de companheiros de viagem e claro da sua antiga moto, este é um título que pode ser experienciado das mais diversas formas. Num estilo de ação, aventura e sobrevivência de terror, este é Days Gone e agora iremos escrever um pouco sobre a nossa experiência durante o dia 25 de fevereiro neste evento especial de apresentação.

Como já referimos é Deacon St. John, o protagonista de Days Gone, que temos de controlar ao longo desta aventura. Passando por uma série de situações capazes de deixar qualquer um de rastos, este personagem apresenta-se numa luta constante por sobreviver num mundo que lhe tirou tudo aquilo que mais amava. Deacon é incrivelmente realista e apresenta uma série de dilemas que nos vão fazer questionar uma série de coisas ao longo da aventura. A sua relação com os restantes personagens e a forma como este luta pelo bem de tudo o que o rodeio mostra bem a dimensão que a Bend Studios conseguiu desenvolver neste mundo.

Os motoqueiros estão em força neste jogo e inicialmente esse era mesmo o grande destaque do protagonista. Algo que inicialmente ficou demasiado oco, pelas primeiras impressões e rapidamente foi desenvolvido um maior nível emocional com o acrescento de Sarah, a mulher do personagem principal. Este envolvimento é agora um dos pontos mais fortes do jogo e mudou completamente o tom de todo aquele mundo. Sarah é agora parte crucial de toda a trama e parece vir a ser muito importante ao longo da experiência do jogador, apesar de tudo o que vai acontecendo. A julgar pelo que podemos experimentar, tanto Sarah como Boozer, o melhor amigo de Deacon, serão dois dos personagens importantes para esta ligação entre jogador e protagonista.

Apesar de termos sessão marcada para uma hora, acabámos por ter um stand mais cedo, que infelizmente não era o nosso e ao invés de ficar no sofá como planeado, ficámos em pé, para uma longa sessão - demasiado longa para estar em pé... Foi-nos permitido fazer o início do jogo, num formato um pouco modificado em relação à versão final. Vaguear por Farewell, a cidade fictícia que foi criada propositadamente para Days Gone, onde nos permitem ter uma experiência de sobrevivência completa. Neste mundo precisamos de ter uma série de cuidados, quer com a nossa moto, que se vai deteriorando pelos mais diversos motivos, até às munições que são um pouco limitadas. Este tipo de situações acabam por incentivar à exploração, quer seja para procurar aquele carregador necessário para sobreviver ao próximo caminho, ou até mesmo à procura por combustível para a moto.

De forma a aumentar as nossas hipóteses de sobrevivência é necessário explorar aquele vasto mundo e isso implica que acabemos a ter encontros indesejados com tudo o que nos quer matar. A diversidade dentro dos Freakers é de loucos e apresenta-nos uma série de diferentes situações, que nos obriga a adaptar o estilo de aproximação ao combate. A forma como o mundo está construído permite ao jogador ter a sua própria experiência e se podemos entrar de rompante a gastar todas as munições contra uma horda de Freakers, podemos também ir de forma cautelosa e surpreender os vários inimigos que se encontram à nossa frente, mas cuidado! Newts, Breakers, Screamers, ou mesmo os humanos infetados comportam-se de forma tão diferente, que temos de apresentar estilos diferentes de combate para sobreviver. Ao longo da sessão apareceu de tudo e além de todos os diferentes Freakers temos ainda os Runners e os Ragers Bears, animais infetados capazes de dar cabo de nós em três tempos. Quando numa perseguição de moto, sou atacado por um Runner, um lobo que carrega o vírus em si, até saltei pelo inesperado ataque. O desespero por destruir aquele Rager Bear, ou urso assassino que corre atrás de nós sem parar e nos momentos mais complicados do jogo, fazendo-nos usar armamento mais pesado e atraindo Freakers de todos os cantos. A constante luta pela sobrevivência é real em Days Gone.

Este nível de tensão é incrível e foi talvez aquilo que mais gostámos. O desespero por manter as nossas munições controladas, ou saber que temos curas suficientes antes de partir para o combate faz com que tenhamos uma experiência bem mais imersiva na aventura. Quando parece que tudo está mais calmo e temos apenas de fazer uma simples viagem, esqueçam, algo aparece para nos deitar abaixo. Recordo um momento em que descia uma colina na moto de Deacon, logo após a ter reparado e reparo no canto do ecrã uma mulher com um machado na mão. Travões a fundo e a moto em derrape continua a descer, quando um estranho brilho surge no meio do caminho e mostra uma armadilha inesperada. Lá tive de dar cabo daqueles humanos infetados e voltar a reparar a moto, mas faltava-me material e aproveitei que estava perto de um pequeno aglomerado de casas para explorar o local em busca de equipamento. É impressionante este nível de detalhe e desenvolvimento do mundo e a forma como nos leva a explorar cada canto.


Depois de perto de três horas de sessão, este jogo convenceu a equipa do Café Mais Geek que está aqui uma obra a manter debaixo do radar. O representante do estúdio, Emmanuel Roth, que esteve presente na apresentação, mostrou bem a confiança que o estúdio demonstra neste título e a forma como as primeiras horas de jogo nos apresentam muito bem as potencialidade de Deacon. Durante a nossa experiência tivemos direito a tudo e tentamos verificar tudo o que nos aparecia à frente. Nem só de coisas boas foi feita a sessão e houve alguns problemas que apareceram, como erros gráficos em certos momentos, que esperamos ainda serem corrigidos, assim como um enorme erro que nos bloqueou o personagem na posição mais cómica de sempre. Ao que compreendemos, aquando da abertura da bagageira daquele carro, houve um erro no conteúdo que estaria no interior da mala, que fez ocorrer aquele erro e colocar o personagem naquela posição. Pequenos pormenores que precisam de ser limados até dia 26 e que com toda a certeza serão.

Days Gone conta com uma campanha que irá durar cerca de 30 horas e a experiência que tivemos nas primeiras três horas foi realmente incrível. O jogo apresenta-se de uma forma surpreendente e é realmente um trabalho muito bom da Bend Studios. Apesar de uma apresentação incial algo morna, a equipa de desenvolvimento tem vindo a melhorar todo este mundo e a diversidade apresentada é promissora. Parece que temos aqui uma aposta ganha pela Sony e este novo título com toda a certeza irá oferecer um nível de experiência completamente diferente daquilo que estamos habituados em jogos de sobrevivência. Se há algo que me desagrada em jogos deste género é fazerem o jogador explorar só porque sim, não tendo qualquer impacto no resto do jogo. Aqui não temos isso e a exploração é uma parte realmente essencial para a continuação. O exemplo que referi acima onde cai numa armadilha é uma forma excelente de entender como a exploração é algo que complementa toda a experiência. O mundo está incrivelmente detalhado e com uma topografia excelente para criar as mais diversas situações.

Dia 26 de Abril a aventura começa e pelo que vimos este poderá ser uma bela surpresa para este ano de 2019.
Crocpoint
Escrito por:

Nascido em Coimbra, a residir bem perto e a estudar cá. Considero-me um geek, um devorador de filmes e adoro ler um bom Comic. Gosto de videojogos e adoro o mundo Nintendo. Tenho uma pequena coleção que vai desde a Mega Drive até à Wii U. Adepto quase fanático da Briosa e um assistente fervoroso no estádio.

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