Crónicas de um Jogador

Assassin’s Creed

Playstation 3

Assassin’s Creed

Já há algum tempo que era para escrever sobre este jogo, e desta bela série… é hoje! Assassin’s Creed, o primeiro, é aquele percursor de uma saga que todos os produtores gostariam de ter e todos os jogadores têm um dever de jogar!

Inspirado em factos históricos e religiosos, o próprio jogo traça em si uma trama riquíssima, que mantém uma pessoa agarrada durante horas a fio, em jogabilidade e texto! 

Tudo começa quando um jovem chamado Desmond Miles é raptado e vê-se num complexo de um poderoso grupo farmacêutico, a Abstergo. Antes de termos pena do homem, ele é tudo menos inocente, pois é um dos peões de uma guerra secular entre duas sociedades secretas, os Assassinos e os Templários. Estas duas ordens secretas têm um mesmo objetivo, a paz mundial, distinguindo-as o caminho para a conseguir: os assassinos acreditam que a liberdade do indivíduo e da sociedade deve ser preservada, enquanto os templários defendem que a paz se consegue através do controlo sobre estes. Voltando ao início, este jovem assassino é raptado e tem o seu primeiro contacto com o senhor Doutor Warren Vidic e Lucy Stillman, a sua loura e maravilhosa assistente. 

E o que acontece? O que a fação que está por cima faz, gaba-se e revela logo o objetivo! Desta feita, o magnânimo Doutor explica que Desmond é um menino muito especial, pois nele contém a resposta e a revelação para algo que há muito os templários estão à procura! Em tom coloquial, mas muito sério, explica que os genes que os seres vivos passam uns aos outros contêm informação que permitem que tenham alguns automatismos para sobrevivência das espécies, como a aptidão de algumas aves voarem, felinos caçarem, e o que foi descoberto é que estes genes contêm também as memórias dos nossos antepassados!

Esta ideia é algo de fascinante! Imaginem o que era podermos passar em revista as vidas dos nossos avós e pais, e descobrir tudo aquilo o que fizeram, as asneiras e não só! Foi o que estes senhores acharam que um antepassado de Desmond tinha a revelar, e tinham uma máquina para o resolver, o Animus! 

Desmond deita-se na maquineta e começa a sua viagem na pele de um antepassado, Altair! Toda a ação do jogo revela-se na altura da terceira cruzada, quando o rei Ricardo Coração de Leão tenta recuperar a cidade santa conquistada pelo grande campeão do Islamismo Saladino!

Altair, o mais talentoso de todos os assassinos de seu tempo, falha uma primeira tentativa de reaver um artefacto poderosíssimo que o seu mestre Al Mualim o encarregou de recuperar. Este seu fracasso aliado à quebra dos princípios fundamentais da sua Ordem, fizeram-no regredir na escala de hierarquia dos Assassinos, tendo agora de executar nove assassinatos até recuperar a sua posição na ordem interna.

A jogabilidade revolucionária para a altura, realiza-se num mundo aberto, entre um fabuloso histórico triunvirato entre Jerusalém, Acre e Damasco. Nestas cidades temos de escolher as melhores estratégias para conseguirmos realizar estes assassinatos, como missões secundárias e intermédias a completar para chegarmos ao nosso objetivo. Destas enumero o escutarmos às escondidas informações entre inimigos; furtos do género de carteiristas para conseguirmos obter documentação importante; e intimidação onde encurralamos pessoas suspeitas num beco, damos-lhes umas palmadinhas com amor até começarem a cantarem que nem canários quanto aos planos maquiavélicos dos seus chefinhos.

Para tal, Altair tem uma capacidade inata de escalada, corrida e de luta. Desenrolando-se na terceira pessoa, temos facas para atirar, uma lâmina escondida ao pé do pulso para assassinato, e um sabre caso algo corra mal, e os bons velhos punhos! Como em qualquer ambiente do nosso mundo real, a sociedade reage conforme os nossos atos, do que é socialmente aceitável e do que choca mais a sociedade. Altair conforme as suas ações poderá fazer recair sobre si a atenção não só das pessoas como a dos seus inimigos. Aqui está a importância do jogo, planear muito bem como vamos conseguir chegar às nossas vítimas!

Os esquemas de luta são lindíssimos apesar da simplicidade como se derrotam inimigos, especialmente através do “deflect”, com algum tempo de prática. Também as paisagens são uma brutalidade, para o seu tempo. É belíssimo subirmos ás várias torres para vislumbrarmos o ambiente que nos rodeia, apesar de neste jogo ser algo bastante repetitivo. As cidades são cheias de vida, riquíssimas como descritas nos nossos livros de História!

Este título apaixonou-me de tal maneira que o passei três vezes até chegar a saída da sequela deste menino. Era a minha namorada a estudar e eu a jogar até mais não, e por muito repetitivo que fosse, eu jogava e jogava... Os “glitches” deste jogo eram abundantes infelizmente. Quantas vezes eram realizadas missões em contra-relógio e bastava um pequeno afastamento de um parapeito de um edifício para Altair tomar um caminho diferente? E quantas vezes ele caia de um edifício e do nada tinha “morrido”, mas a sua “vida” continuava completa? E esperava-se até os inimigos derrotarem um boneco com uma espargata esquisita no chão, com movimentos lentos de sabre? Entre outros.

No entanto, por tudo o que este jogo conseguiu, ele é Perfeito. Apesar de repetitivo, eu não me cansei, passei e repassei este título, amei a trama, os detalhes históricos, a luta, os gráficos, tudo! Obrigatório ser jogado, e com um lugar solene na História dos Videojogos!

Pela primeira vez, deixo uma dedicatória especial aos meus dois colegas Pedro e Cristina, dos quais muito do seu trabalho de Cosplayers passou por aqui!

Um abraço a todos!

Assassin’s Creed
Jogado em: Playstation 3
Desenvolvido por:
Distribuido por:
Género(s):
Armando Mateus
Escrito por:

Gamer dedicado, leitor apaixonado e escritor nos tempos livres. Fascinado por um todo produzido pela sociedade: a Cultura, o símbolo dos velhos e dos novos tempos!

Sem comentários:

Enviar um comentário