Longe de ser um jogo que consiga descarregar muitas horas, foi uma experiência interessante ter a oportunidade de experimentar a versão beta privada. The Division 2 pertence à aclamada série Tom Clancy's que continua a ser um dos grandes estandartes da Ubisoft. Depois de um primeiro capítulo com grande sucesso, era inevitável que a Ubi continuasse a apostar neste universo e com um anúncio durante a E3 do ano passado, chega agora uma beta privada que permitiu àqueles que compraram antecipadamente e alguns convidados terem uma pequena experiência do próximo grande título da empresa. E pode-se perceber por essas internet's fora que para muitos foi realmente uma experiência extremamente pequena. No meio de uma imensidão de problemas, que relembramos serem naturais para uma beta, houve muitos jogadores que viram horas perdidas a olhar para um ecrã de loading. Por aqui tivemos alguma sorte.
Jogado na Xbox One S, apenas a primeira tentativa de ligação acabou em problemas, não conseguindo mesmo chegar a entrar no jogo ou sequer nos servidores do UbiClub. A ideia de um jogo que tem de estar constantemente ligado a servidores, permite uma forte componente cooperativa entre jogadores, mas pode criar imensas instabilidades. Nesta versão beta, que ainda tem muito para melhorar foi possível reconhecer alguns desses problemas e houve mesmo jogadores que tiveram demasiados. Ligações interrompidas que fizeram sair do jogo instantaneamente, mesmo estando a jogar sozinho, assim como problemas a entrar para o próprio jogo. Assim que nos conectamos, durante a segunda tentativa, tivemos a sorte de correr tudo lindamente, pelo menos no que toca à estabilidade de ligação. E foi possível retirar algumas horas desta beta privada sem grandes problemas.
Claro está que há outras áreas onde nem tudo estava perfeito, mas volto a lembrar que falamos de uma beta, e uma delas é mesmo o grafismo. A primeira impressão com que ficámos foi que o jogo estava altamente polido, com uma atenção ao detalhe de tirar o chapéu a muitos e mostrando que este jogo está a par das atuais demonstrações mais poderosas dos videojogos, mas nesta fase ainda se encontram alguns problemas, principalmente no que toca ao desenho de objetos na distância. O que significa isto? Significa que os objetos numa grande parte do tempo ganham mais detalhe quando estamos mais próximos. Esta já foi uma técnica usada na altura da PlayStation 1 com a finalidade de esconder os problemas de processamento de objetos mais distantes tendo em conta as capacidades das máquinas, mas nos dias atuais isto pode ser um grave problema e consolas como a PlayStation 4 e Xbox One têm capacidades de apresentar resultados bem melhores daquele que neste momento nos é oferecido por The Division 2. Será importante ter em conta estes pormenores, pois no que toca ao detalhe, a cidade de Washington DC está muito bem representada e a destruição do mundo envolvente está altamente detalhada e interessante, assim como os personagens e o armamento utilizado.
Para os fãs da saga vão ter uma série de novidades. O jogo promete bastante e parece vir a cumprir. Para mim é impossível referir tudo aquilo que está diferente em relação ao anterior, visto não ter sido um jogo que tenha perdido muitas horas, mas posso pelo menos afirmar com toda a certeza que este título apresenta uma série de melhorias que vão oferecer ainda mais tempo de diversão e competição. A forma como a cidade nos é apresentada e os locais de proteção estão colocados criam situações incríveis de ataque e é garantido que terão de ter uma incrível dose estratégica para superar os momentos mais avançados do jogo. A importância que é dada aos locais de proteção são para levar muito a sério pois será de um incrível auxílio para a progressão do jogador. Por essa razão a cidade de Washington DC está bem mais preenchida que a New York do primeiro jogo, oferecendo um ambiente digno de qualquer situação de sobrevivência.
A beta de The Division 2 deu para perceber muito bem aquilo que a Ubisoft tem para oferecer neste segundo capítulo e com as melhorias certas, que esperamos serem resolvidas graças a ações como esta, podemos estar perante um grande título. Começa a ser um hábito da empresa resolver e melhorar as suas grandes franquias apenas no segundo capítulo. Espera-se que os fãs tenham aqui mais uma dose de grandes horas de diversão, sozinhos e com amigos, num ambiente pós-apocalíptico carregado de ação e elementos RPG que ajudam no realismo. A ideia é sobreviver e o armamento de alta tecnologia irá ser de enorme auxílio, num sistema de ataque estratégico que há muito não experimentava. Pode-se antever desde já um capítulo interessante e muito bem trabalhado, com grafismo digno de qualquer jogo AAA - de alto financiamento - e de preferência sem problemas de ligação com os servidores da Ubisoft - algo que afetou imenso a primeira edição durante o mês inicial. Por aqui continuamos a preferir jogos que não dependem totalmente da ligação à internet, principalmente quando queremos jogar a solo, mas aqui isso não acontece e os jogadores vão ter de contar com servidores que não conseguiram prestar um grande serviço durante a beta. Este aspecto e a resolução de problemas no grafismo, tal como alguns erros aqui e ali devem ser resolvidos até à versão final, pelo menos por aqui contamos com isso.
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