7 Indies Imperdíveis da Nintendo Switch


Bom pessoal, tal como vocês sabem, o mundo dos triple A games é enorme e é o principal responsável pelas horas que perdemos colados ao ecrã. Jogos como o Super Mario, Legend of Zelda e Pokemon são apenas três grandes dentro de uma panóplia imensa, repleta de aventuras inesperadas e inspiradas na imaginação de alguém – dotado de uma enorme criatividade diga-se – que embargam neste enorme barco que é a Nintendo Switch, tirando, assim, proveito de cada benesse que o sistema tem para dar. 

Com isto e depois do fracasso que foi a Wii U (essencialmente, ao nível de vendas, pessoalmente, continuo a torcer pela sua existência), vendo a Switch a crescer dia após dia, os responsáveis/criadores de jogos indie viram uma excelente oportunidade na mesma, desenvolvendo “pequenos” jogos com espírito de gigante, jogos esses que agora vos apresento. Para ser sincero, há apenas um jogo que me tira mais tempo do que estes que agora vos apresento, sendo ele o Super Smash Bros. Ultimate que, para dizer a verdade, acho que é o principal responsável pela venda de muitas consolas!

Podem estar a perguntar o porquê de um top 7… Ora, primeiro, uma vez que se trata de um artigo escrito por mim, queria fazer uma coisa diferente – mesmo que seja um tipo de artigo mais que batido – e, em segundo lugar, queria ter a certeza que o que vos vou transmitir com cada discrição é uma apreciação critica vista do meu ponto de vista e não do que outros criadores de conteúdo dizem. Posso garantir-vos que, estes jogos, se não os passei a 100%, estão muito perto de o ser, seja por razões de falta de tempo ou de uma dificuldade absurda, mas nunca, repito, nunca, por falta de vontade ou qualidade dos mesmos!

Vejamos, então, o que vos tenho a apresentar:



Colocado em circulação há pouco tempo, mas aguardado como se de um Triple A se tratasse, Cadence of Hyrule é um jogo rítmico cheio de charme e aventura! Desta vez, este título tem um grande nome da Nintendo para o ajudar nas vendas: Legend of Zelda.

Pois é, para quem não conhece, Crypt of the Necrodancer foi a primeira versão desta fantástica saga, um pouco menos desenvolvido, mas com o mesmo objetivo: dançar! Sim pessoal, tudo o que fazem, seja atacar, andar, entrar em cavernas, qualquer coisa, terá de ser feito ao ritmo do jogo, conjugado com imensos inimigos, cada um com o seu moveset específico que apenas o tempo vos pode ensinar a combater e decorar. Desta vez, Cadence junta-se a Link e Zelda para libertar Hyrule das garras de Octavo e, para isso, os nossos heróis, terão de derrotar quatro campeões para assim terem acesso aos instrumentos musicais de cada um, para assim conseguirem derrotar o temível Octavo! Porém, não é só isso que te aguarda neste jogo! Desde inimigos a itens a utilizar pelas personagens que controlas, tudo tem um toque de Hyrule para satisfazer o maior viciado que Zelda do mundo! 

Hyrule depende, mais uma vez, de ti!

Serás corajoso o suficiente para dançar aos sons das músicas deste jogo, criadas exclusivamente para ele, nunca perdendo de vista os sons originais do mundo do Link, criando uma playlist digna de ser ouvida por toda a gente?

Se estás com algumas dúvidas, aconselho-te a comprares primeiro o Crypt of the Necrodancer, que se encontra muitas vezes, em promoção, na e-shop, por apenas 3 ou 4 euros!



Ahh Celeste… Sem dúvida, um dos melhores títulos que joguei este ano. O tamanho da alma destes criadores é tão grandioso como o feito conseguido com este jogo. 

Retratando um dos maiores e piores flagelos a nível mundial, as doenças psicossociais, não só associado a problemas relacionados com o trabalho, mas que também podem ser inerentes às pessoas desde a nascença, sendo estes mais propícios a contrair este tipo de doenças, são uma preocupação crescente nos dias de hoje e não devem, de todo, ser consideradas de forma leviana. Ainda há pouco, um famoso YouTuber, com o nome de Etika, tirou a sua própria vida, depois de meses de luta consigo próprio. 
No entanto, voltando as costas para os problemas e focando apenas nas coisas boas, Celeste é um jogo desafiante (morri cerca de 1500 vezes antes de chegar ao pico), cheio de charme e com personagens super interessantes. Sou aquele tipo de jogador de “menos palha e mais ação” e, com estas personagens, não consegui. Era eu que queria interagir com elas, eu que queria chegar à próxima etapa para saber o que aconteceu com o Theo ou com a velhota que se está sempre a rir de ti. Enfim.

Apenas um jogo com uma mensagem assim forte consegue colar uma pessoa ao ecrã. Não por pena, mas por curiosidade. Não por maldade mas para saber como a pessoa se sente quando lhe é apresentado um ambiente hostil ou quando as coisas não estão a ir a seu favor. 

Uma história de altos e baixos e de luta com o próprio, onde a própria montanha mexe com o jogador como nunca nenhum jogo conseguiu. Acredito que cada jogador tenha a sua versão de cada jogo que tenha jogado, e isso, reflete-se em Celeste. Em Celeste Mountain, tudo pode acontecer. Para além disso e para melhorar ainda mais a experiência de jogo, os controlos do jogo são super simples, baseando-se apenas em saltar, dash e andar! Tudo para uma melhor experiência do jogador, não tendo este de se preocupar com controlos complexos, não tirando, assim, a vontade de progredir na montanha. Por fim, queria apenas referir que a forma do jogador voltar a jogo é tão rápida como a morte e por isso é que morri tantas vezes! Arrisco-me a dizer que é, talvez, mais viciante do que o Flappy Bird!

Um jogo fantástico que merece a adoração, ou pelo menos, curiosidade de todos. Felizmente, temos um mundo cada vez mais aberto a estas questões, mesmo que ainda não seja o suficiente para amparar cada queda.



Próximos para mais um Roguelike? E porquê para mais um? Sim pessoal, não vou ser o primeiro a colocar este jogo no top nem o último. Sobre a parte do “mais um”, a Nintendo Switch tem imensos Roguelikes de qualidade. Como podem ver, em 7 jogos que estou aqui a mencionar, uma parte considerável é desse género, portanto, ou eu gosto mesmo de perder nos jogos ou até tenho alguma razão! 

Bom sobre este jogo, o que posso dizer… a morte vai ser a tua amiga! Não agora a sério, vai mesmo. Cada vez que começas um jogo novo passas de um blob verde para controlar o corpo de um guerreiro que explode com tudo. Literalmente. De pontapés, a corrente, espadas, torres, ácido, fogo… qualquer arma que podem pensar, os criadores também o fizeram. E como é que se conseguem tais itens? Morrendo. Daí ter dito que a morte era a melhor amiga de qualquer jogador. Cada vez que o jogador morre, vai desbloqueando cada vez mais coisas, entre elas, armas, upgrades das mesmas, zonas do mapa. E, claro, não se esqueçam dos bosses do jogo. No começo do jogo, poderão encontrar algumas dificuldades para os derrotar, ficando cada vez mais fácil de o fazer cada vez que os visitam. De qualquer forma, se ainda assim acharem que o jogo é demasiado fácil, no fim de derrotarem, pela primeira vez, o último boss, desbloqueiam o modo difícil do jogo e, acreditem, não perdoa. 

Mais uma vez, os controlos do jogo são suficientemente simples para que toda a gente possa pegar e aprender rápido, tirando mais rápido prazer do jogo e da sua jogabilidade viciante! Para além disto tudo, o jogo também é easy on the eyes! Lá por estarmos a falar de indie games não significa que não seja de qualidade.



O que posso dizer sobre este jogo que ainda não tenha sido dito? Hollow Knight é dos melhores, se não o melhor, metroidvania de sempre. Este título conta a história de uma pequena personagem que encontra uma aldeia apagada pelo tempo e esquecida no meio do nada. Todavia, este jogo é tudo menos vazio e, sou sincero, depois de ter chegado aos 101% do jogo, sinto que ainda existe imensa coisa a descobrir. A história pode não ser o ponto principal sobre o qual o jogador se irá focar durante esta aventura, isto é, mesmo existindo história (que existe, calma!), não posso dizer que esta é dotada de um detalhe que a premeie, resultando, assim, num conto um pouco fragmentado – com direito a pequenas animações – para explicar o porquê de certas coisas acontecerem como acontecem durante o jogo.

Todavia, não acho de todo, que isso afecte a experiência. Desde o momento em que o somos recebidos em Dirtmoth até ao Final Boss, tudo é extremamente complexo e variado. Os mapas de cada zona são desafiantes e misturam cada um dos temas que representam na história principal, de forma a que o jogador não coloque o jogo em Stand by. Desde quedas vertiginosas a lindos parques verdes que escondem pequenos insetos, Hollow Knight apresente uma biodiversidade enorme que merece o respeito de qualquer Triple A. 

Para além disso, os criadores do jogo fizeram questão de variar os inimigos, consoante não só o ambiente em que estão colocados, mas também ajustando a dificuldade ao momento do jogo.  Assim, para nos ajudar, os criadores tiveram a excelente ideia de criar pequenos Charms, que podem ser adquiridos ou comprados, durante o jogo, e possibilitam uma mais fácil progressão do jogo. Mas não se esqueçam… Hollow Knight é impiedoso. Irá, de certeza, colocar em causa todos os vossos dotes de qualquer jogo que vocês já tenham adquirido. Combate puro e duro espera-vos num grafismo super simpático e agradável, onde até os Bosses são desenhados à perfeição! 

A versão da Nintendo Switch inclui, ainda, todos os Dlc e, por isso, podem desfrutar ao máximo de todos os momentos que este tem para oferecer e mais alguns. A minha primeira run levou-me cerca de 40 horas de vida e ainda não acabou, por isso, acreditem quando vos digo que têm muito que fazer aqui. Vale, seguramente, os doze euros que pedem pelo excelente jogo que é. 



Worms… Worms malta… Quem não se lembra de ter 10 anos e de jogar o armagedon com amigos e familiares, arruinando jantares de família ou até domingos de catequese/missa só para fugir às obrigações impostas pelos pais? Sim, eu fazia isto, espero não ser o único…

A parte mais fixe da minha semana eram os domingos em que, depois da catequese (claro), pedalava na minha bicicleta o mais depressa possível, para chegar a casa, com um amigo meu, e jogar Worms até à hora de almoço. Foram, sem dúvida, momentos que relembro com carinho e devo-os, não só, à companhia, mas também, ao jogo.

Esta é a versão mais recente da saga, voltando, dizem os entendidos, às origens. Aqui, o jogador toma poder no controlo de um grupo de minhocas que tem por objectivo, dominar o mundo. E como? (perguntam vocês!). Bem… com bazookas, bombas, dinamites, granadas, armas, entre outros mais criativos, como o burro – melhor arma de sempre. Até a avozinha pode ser enviada para a zona de combate. Tudo, para rebentar com a minhoca inimiga. Portanto, depois desta pequena descrição, agarra um amigo, da-lhe um joy-con e prepara-te para enviares umas minhocas pelo ar, tudo em prole do teu divertimento. 

Os mapas são aleatoriamente criados, de acordo com as indicações do jogador, sendo possível alterar imensos fatores que te podem levar (ou não) à vitoria como o vento (wink wink). Pena o modo online do jogo não estar muito ativo diria, pois as vezes que tentei jogar contra outro jogadores, nunca encontrei ninguém. 

Não deixa, por isso, de ser um excelente party game, cheio de surpresas e bons momentos que não aconselho ninguém, a deixar passar. 

Já agora, sabes que podias vestir as tuas minhocas? Ya, fascinante, não é? Compra o jogo e diverte-te!



Embora um pouco sombrio, Binding of Isaac sempre foi um dos meus go to em termos de jogos indie. Para mim, sempre foi uma aventura descobrir todos os combos possíveis e imaginários e ver como cada um das centenas de itens interagiam entre eles. 

A história, mais uma vez, não me parece que seja o ponto atrativo, mas sim o gameplay viciante e divertido, embora, como disse, um pouco sombrio, uma vez que o jogo se desenrola com a fuga de Isaac para a cave de sua casa para fugir da mãe. Esta, por sua vez, recebeu uma chamada do além, para assim executar o nosso pequeno Isaac que agora luta pela sua sobrevivência. Para isso, conta com a ajuda de imensos itens, como referi, que podem interagir de maneira diferente consoante aqueles que o jogador já tenha, previamente, colecionado. 

Antes de começarmos cada uma das nossas runs, podemos escolher a nossa personagem de um catálogo, relativamente, vasto e depois começamos o jogo sempre do zero, isto é, tudo o que já coleccionámos de aventuras passadas, ficam nesse preciso local, no passado, não interferindo com o jogo atual. Isaac, no início, tem apenas as suas lágrimas para o socorrer, uma vez que o nosso pequeno blob cor de rosa está tão assustado que a única coisa que é possível fazer para derrotar os inimigos é chorar contra eles. Não faz sentido? Pois… de qualquer forma, se os jogos fizessem sentido, qual era a piada? 

À medida que vamos progredindo no jogo, vamos desbloqueando cada vez mais quartos, com cada vez mais inimigos com ataques diferentes e variados, até chegarmos ao bosses finais que, sou sincero, nunca fui suficientemente bom para os ver a não ser no YouTube…

O jogo é realmente muito bom, com uma dificuldade ajustada mas não injusta, com imenso conteúdo e horas e horas de jogo para desfrutar. Para além disso, o jogo vem também com a DLC, contendo ainda mais items para desfrutar e explorar!



Alguma vez viram os cartoons do Mickey? Não malta, não estou a falar dos recentes. Aqueles da década de oitenta e noventa?  Pois bem, se nunca viram, podem agora presenciar e testar algo fantástico que é o Cuphead. Cuphead é o nosso Mickey (digamos assim) que vendeu a alma ao Diabo e é a nossa missão reavê-la das mãos dele. Simples, não é? ERRADO

Tudo o que disse sobre os jogos passados, mais concretamente, sobre a dificuldade dos mesmos, esqueçam. O jogo tem pouco mais de 15 bosses e levou-me cerca de 20 horas a passar o jogo. A única coisa em que o jogo te ajuda é no tutorial. De resto, apenas diz: VAI! VAI MORRER! Outra e outra e outra vez. Vezes sem conta… quer dizer, nem por isso. Há um local no jogo que vos diz quantas vezes morreram. Mas isso não é o ponto principal. 

O jogo tem tanto de bonito e antigo como de difícil, o que é óptimo diga-se. Se o jogo não fosse tão desafiante, provavelmente, não tomaríamos tanta atenção aos padrões de cada boss para os derrotar, a cada detalhe para conseguir a esquiva perfeita ou a cada desenho para saber onde podemos ou não atirar.

Assim, é oferecido ao jogador uma quantidade limitada de armas, armas essas que podem ser equipadas antes de entrar para o nível do boss, podendo assim o jogador selecionar apenas duas para o seu combate, ajustando o seu modo de jogo à besta que temos de defrontar. Para nos ajudar, temos ainda, no canto inferior direito, um meter que nos dá acesso a um ataque especial, dando assim mais dano ao inimigo. 

E isto repete-se ao longo de três grandes ilhas, povoadas com os seres mais bonitos e coloridos de sempre, capazes de partir a nossa pequena caneca a meio uma vez que cada um é mais forte e mais rápido que o outro. Mais uma pérola que vale bem mais do que aquilo que pedem por ela, não só pelo trabalho e dedicação dos autores mas, também, pelo desafio em si.

Por fim, quero apenas dizer que já foi anunciado para o jogo, conteúdo extra, para ser lançado algures em 2020!!
Joel Henriques
Escrito por:

Nascido em Coimbra e recentemente introduzido neste mundo das reviews. Apaixonado por jogos, seja de tabuleiro ou de vídeo, darei o meu melhor para que, de forma não exaustiva, contribua para a vossa decisão de comprar (ou não) os jogos que têm dúvida.

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