Nesta rentrée, a Guerra e Paz dispensa brandos costumes e publica um romance imoral, narcísico e inconsequente, que talvez fizesse corar o maldito Marquês de Sade. Saturnália é o primeiro romance português verdadeiramente milennial, escrito, claro, por um milennial. O romance de André Fontes chega às livrarias no próximo dia 17 de Setembro. A festa de lançamento acontece no dia 27 de Setembro, no clube Anjos 70, em Lisboa. Um livro e uma festa para os quais ninguém está verdadeiramente preparado.
Se não fosse imoral não queríamos! Mas o primeiro romance de André Fontes, Saturnália, é imoralíssimo. Aposta da Guerra e Paz, arriscamos afirmar que o espectro imoral do primeiro romance de André Fontes vai assombrar a rentrée de 2019.
Saturnália é, de facto, perverso, pulsa de erotismo e excesso. Um relato de um megalómano narcisista que quer ser maior do que a vida, que se quer perpetuar no tempo e deixar uma marca. António Fausto, o protagonista de que falamos, é, no entanto, atormentado pela banalidade dos dias, pelas dores de crescimento e pelo bloqueio que o impede de escrever. Para encontrar o seu espaço e o seu caminho, o protagonista descobre uma «terra do nunca» na versão «sexo, drogas e rock n’roll».
Saturnália é, se a analogia ainda vale alguma coisa, um regresso à Roma antiga e às festas em honra de Saturno, descritas por Catulo (84-57 a. C.) como «o melhor dos dias». O autor não esconde a sua vontade de reviver o obscuro e antiquíssimo passado, nem na escolha do título nem nas referências. Afirma, com ironia, que Lord Byron, o poeta dândi, criador de Don Juan, «foi o primeiro André Fontes a habitar a Terra».
Um romance que representa, retrata e se tortura com os anseios da a geração Y, ou millennial, habitada por quem nasceu entre 1980 e 2000. Jovens adultos precários em erário, mas cuja avidez jorra em abundância. Pouco preparados? Iludidos por um futuro risonho? Eternos adolescentes? Para responder às questões levantadas pela sociedade em torno da sua geração, André Fontes escreveu um manifesto intitulado «Pelo Que Nos Resta», indispensável aos leitores da obra. É esse manifesto que anexamos ao presente comunicado.
O lançamento, provavelmente o mais ardente e boémio da história da Guerra e Paz, será no próximo dia 27 de Setembro, a partir das 18h30, no clube Anjos 70, em Lisboa (Antiga Feira das Almas). Uma festa para a qual ninguém está verdadeiramente preparado que, para além da apresentação da obra, que ficará a cargo do poeta emergente Ricardo Blayer, terá ainda um roast ao autor, a actuação do DJ Jōshua Alexander Murphy e uma after party que deixa em aberto um final à velha moda de Baco.
SINOPSE
É numa nova Lisboa que emerge uma personagem sedenta de experiências e da libertação de tudo o que lhe não permite agarrar o sonho de ser um grande escritor. António Fausto é um jovem adulto igual a tantos outros da geração millennial, cheio de projectos e de aspirações megalómanas. Quer ser gigante, mas atormenta-o a banalidade. Quer um caminho, mas falta-lhe encontrar-se. Na amizade, no sexo e na literatura encontra o refúgio necessário para que o peso de crescer lhe seja mais suportável. Bem-vindos a esta Saturnália moderna, repleta de erotismo, boémia e angústias de uma nova geração num mundo igualmente novo. Da outra margem a Lisboa, o retrato convulsivo de uma geração insatisfeita.
SOBRE O AUTOR
André Fontes. Nasceu no dia 31 de Janeiro de 1992, em Almada. Começou a escrever por mero acidente adaptativo durante os anos da adolescência. Um acidente que, mais tarde, deu origem a outros, como o de se ter licenciado em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 2017. Concluiu a pós-graduação em Artes da Escrita, pela Universidade Nova de Lisboa, em 2019, ano da publicação do seu primeiro romance, Saturnália.
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