Um conjunto de lições para fascistas bem-sucedidos ou um alerta sobre a ideologia que voltou para assombrar os nossos dias?
Hoje em dia qualquer um pode ser fascista, mas será que consegue ser um bom fascista? Partindo desta premissa, Rui Zink redigiu mais de 100 lições e compilou-as no Manual do Bom Fascista, publicado pela Ideias de Ler e disponível nas livrarias de todo o país a partir de 29 de agosto .
Em vésperas de um período eleitoral que se adivinha intenso, Rui Zink analisou a atualidade, estudou os sinais, uniu os pontos e concluiu que, passados cerca de cem anos, a ideologia que assombrou o globo e foi responsável por alguns dos mais negros episódios da história mundial volta a ganhar seguidores.
Perante a impossibilidade de, sozinho, condicionar o curso da humanidade, o escritor e professor universitário convida os leitores para uma reflexão conjunta e desafia-os a lerem este livro de uma de duas formas: um alerta sobre a ascensão do fascismo e a forma como todos contribuem para a sua propaganda ou como um simples manual que vai ajudar os leitores a descobrirem o bom fascista que há em cada um – contando para isso com a ajuda de um fascistómetro composto por 14 perguntas.
SOBRE O LIVRO
Manual do Bom Fascista
Quanto de fascista há em si? Estará o fascismo entre nós ou dentro de nós?
O Manual do Bom Fascista é um compêndio sobre a ascensão do fascismo dividido em 100 lições (ou mesmo mais) acessíveis a aprendizes de todos os níveis.
Alguns dirão que este livro é uma chamada de atenção para o crescente poder do neofascismo, convidando a uma reflexão urgente sobre o modo como todos contribuímos para a propaganda desta ideologia. No entanto, talvez o livro seja mesmo apenas aquilo que parece: um manual de instruções para ajudar o leitor a descobrir o bom fascista que há em si, e como o alimentar melhor, quais as vitaminas a tomar, os exercícios a fazer, a fim de o aperfeiçoar. A bem da nação, obviamente.
Com amor e carinho, Rui Zink apresenta-nos um ensaio sobre a ideologia que voltou para assombrar os nossos dias e, se não nos pusermos a pau, os dos nossos bisnetos. Cientificamente concebido como guião, o Manual do Bom Fascista inclui casos que podem ser reais e um fascistómetro para o ajudar a ser um fascista bem-sucedido.
Rui Zink. É uma reconhecida autoridade no estudo do fascismo. A sua dedicação à fachologia levou-o, entre 1961 e 1974, a fazer trabalho de campo num país em ditadura. De então para cá tem continuado as suas investigações, aquém e além-mar. Em 2017, o seu estudo A Instalação do Medo recebeu mesmo em França o prémio Utopiales para melhor romance estrangeiro.
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