Homens de Negro: Internacional



Em 2002, aquando do lançamento do segundo capítulo de Homens de Negros, descobri esta ainda nova franquia de filmes, com Will Smith no papel principal e claro o magnífico Tommy Lee Jones que transformaram estes títulos em uns dos meus favoritos do cinema. Mais tarde, com o terceiro capítulo a caminho houve algumas preocupações, mas o filme não destrói completamente a magia dos primeiros, acrescentando um pouco mais ao universo e oferecendo uma visão do Mr.K quando era novo e Josh Brolin encaixa de forma quase natural no papel destinado, mas não estou aqui para escrever sobre o primeiro, o segundo ou o terceiro filme, mas sim sobre o quarto capítulo desta saga, que se separa completamente das personagens já conhecidas até ao momento. Como muitas das grandes sagas do cinema que se iniciaram no final dos anos 90 e início dos anos 2000, temos mais uma a sofrer aquele reboot que poucos pedem, mas acontece na mesma. Apesar de tudo, aqui é uma espécie de sequela/reboot.

Personagens novas, aventuras novas e agora fora do ambiente dos EUA. Aqui passamos por Inglaterra, França e até Marrocos, mas claro que tudo começa com uma personagem americana e é partir da sede que tão bem conhecemos que a agente é enviada para Inglaterra a fim de perceber o que se passa com a divisão local dos MIB. Se Vingadores teve um momento extremamente forçado em colocar todas as heroínas em grande destaque, aqui foi o título da divisão governamental MIB e consequentemente o título do filme que levaram por tabela. Quero deixar bem claro que entendo perfeitamente o que foi referido quanto à questão do título referir o Homem, quando Mulheres também pertencem a este grupo, mas por outro lado estamos a falar da imagem de marca desta série que teria de ser completamente reconstruída pelo motivo. Poderá acontecer, mas espero que para isso haja uma explicação que faça algum sentido e não que nos coloquem a mudança pela garganta abaixo só porque actualmente tem de ser. Aceito todas estas questões se não nos forem forçadas, mas sim colocadas de forma natural e bem pensadas.

De qualquer forma vamos passar ao assunto mais importante numa opinião cinematográfica que é mesmo a qualidade narrativa, a performance dos personagens e claro a qualidade do filme em geral. Parece que terminei… Longe disso, mas certo é que o filme não tem muito para contar. A história não é demasiado complexa e tal como os primeiros filmes, pega em vários momentos sérios, criando sequências que acabam sendo cómicas. A ideia desta saga sempre foi a comédia dentro de uma ideia bastante séria. Temos uma entidade governamental americana e ultra secreta que investiga e trata de situações alienígenas no planeta, apresentando os mais diversos e loucos seres e uma equipa onde a seriedade é sempre cortada pelo personagem cómico. Era assim como Will Smith e Tommy Lee Jones, foi assim como Will Smith e Josh Brolin e é assim agora com Chris Hemsworth e Tessa Thompson.

A história corre realmente uma série de países e continentes, mostrando cenários incríveis e que apresentam grandes momentos ao longo do filme. Uma fotografia realmente muito bem trabalhada e é que talvez das melhores coisas que retiramos deste filme. Divertido quanto basta pelo menos em certas partes e apesar de nunca cair demasiado no ridículo também não é altamente divertido. Tanto Chris como Tessa encaixam no seu papel e apesar de nem sempre parecer o mais interessante, acabam por criar momentos bons.

Homens de Negro: Internacional não se destaca dos restantes, mas também não desfigura a franquia. Está longe de conseguir superar o original, mas é provavelmente uma boa entrada para uma série de novos filmes onde será possível observar ainda mais deste universo. A ideia deve ser sempre manter este ponto certo entre o ridículo e o sério, nunca fugindo ao que já foi feito e construindo em torno dentro do que os fãs já tão bem conhecem. O humor é um ponto extremamente forte nesta saga, mas quando demasiado exagerado pode tornar tudo mais esquisito. Talvez não fosse totalmente necessária nesta saga, mas esta sequela permite um novo conjunto de filmes e espero que se possa manter nos cinemas por mais alguns anos, apresentando ideias novas neste universo que tanto potencial pode ter. É sempre muito complicado pegar numa grande saga do cinema e reconstruir quase tudo dentro de novas personagens e novos cenários, mas Internacional conseguiu pelo menos não estragar tudo e criar um filme que vai com certeza entreter muitos de vocês. 
Crocpoint
Escrito por:

Nascido em Coimbra, a residir bem perto e a estudar cá. Considero-me um geek, um devorador de filmes e adoro ler um bom Comic. Gosto de videojogos e adoro o mundo Nintendo. Tenho uma pequena coleção que vai desde a Mega Drive até à Wii U. Adepto quase fanático da Briosa e um assistente fervoroso no estádio.

2 comentários:

  1. Olá Eduardo :)
    Eu adorei este filme! OK, não está ao nível do primeiro, principalmente porque não tem Will Smith... Mas mesmo assim consegue nos cativar com uma roupagem nova a todo este universo dos MIB e gostei bastante da interação entre Chris Hemsworth e Tessa Thompson.
    Mundo da Fantasia

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    1. Olá :) A interação entre os dois é realmente interessante e já se tinha visto isso mesmo no Thor Ragnarok :D Julgo que para uma nova série de filmes, temos aqui um belo arranque ^^

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