Brightburn - Filho das Trevas


Brightburn - Filho das Trevas é um filme de terror e ficção científica realizado por David Yarovesky. Produzido por James Gunn, o realizador dos filmes dos Guardiões da Galáxia, e escrito por Brian Gunn e Mark Gunn, este é claramente um projecto de família.

A história é extrema e propositadamente semelhante à do Super-Homem, apesar de não ser uma adaptação. Resumindo, um bebé espacial aterra numa quinta algures no interior dos EUA, onde o casal Tori e Kyle Breyer (Elizabeth Banks e David Denman, respectivamente) tomam conta dele e lhe dão o nome Brandon Breyer, mantendo a tradicional rima nos nomes dos alter-egos dos super-heróis.
A grande diferença é o vilão. Em Brightburn, não há Lex Luthor ou kriptonite, mas sim puberdade pura e dura. Pois é, quando as hormonas começam aos saltos, o jovem Brandon (interpretado por Jackson A. Dunn) entra em sincronia com a nave que o transportou e percebe qual a razão pela qual aterrou na Terra. A partir daí, o filme resume-se a batatada, terror, sangue e tripas dignos de um filme feito para a TV, mas com a qualidade e atenção ao detalhe de um filme de maior calibre. 


Em termos visuais e de efeitos especiais, o foco cai sobre algumas cenas que nos dão arrepios e nos fazem virar a cara. A história é simples e com poucos momentos emocionantes, mas a curiosidade leva-nos até ao fim e acaba por ser mais sobre a execução do conceito de um Super-Homem maligno do que sobre um enredo complexo e profundo. Enfim, é um filme de terror.

As interpretações são boas e todos estão de parabéns, incluindo o elenco juvenil, e, apesar do casal Breyer dar vontade de dar um par de estalos a cada decisão que toma, a evolução de Brandon é compreensível e até humana. Afinal, como é que se ensina empatia a alguém que nunca sentiu dor? Por isso, por estranho que pareça, acaba por ser o extraterrestre que nos prende à terra e ao ecrã.

Concluindo, são 90 minutos de filme muito fáceis de mastigar e uma versão alternativa interessante de uma história que já conhecíamos demasiado bem.
Pedro Cruz
Escrito por:

"Spawned" em Aveiro no fim do início da década de 90, apreciador de amostras de imaginação e criatividade, artesão de coisas, mestre da fina e ancestral arte da procrastinação e... por hoje já chega. Acabo isto amanhã...

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